A presidente da ADEPOL/MS (Associação dos Delegados de Polícia do Estado de MS), Regina Márcia Rodrigues, acredita que a maioria dos policiais está descontente com o presidente Jair Bolsonaro, por serem prejudicados com a Reforma da Previdência.
“A grande maioria (policiais) votou nele. A identificação com o então candidato se deve ao fato de Bolsonaro alegar durante a campanha ser contra a criminalidade e a forma como ele falava do trabalho dos policiais como profundo conhecedor. Ver uma proposta da reforma que não contempla a carreira dos policiais e que tira os direitos que já estavam garantidos na Constituição gerou uma revolta muito grande na maneira em que ele tratou a previdência”, diz.
Como forma de minimizar a situação, a ADEPOL/MS juntamente com outras entidades, estão em Brasília acompanhando o desenrolar da previdência na Câmara dos Deputados.
A delegada alega que um dos principais direitos que a Associação está lutando, é pela igualdade de salário e integralidade das remunerações.
“O serviço policial é de exclusividade. O profissional precisa da segurança de que ele vai sair de sua casa para combater o mundo do crime com a tranqüilidade que se alguma coisa acontecer a sua família vai estar amparada, e é por isso que é preciso que se tenha essa igualdade e uma integralidade no recebimento desse salário”, ressalta a presidente.
O delegado titular da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), João Eduardo Davanço, reforça que a aposentadoria por atividade de risco dos policiais não é um privilégio, mas um reconhecimento de uma atividade que coloca em risco a própria vida em defesa da sociedade.
“A partir do momento que você reconhece essa atividade com importância, você está valorizando toda a sociedade. O que está se discutindo com a reforma da previdência é o reconhecimento de um direito assegurado para o servidor policial e que vai se estender a toda sociedade”, finaliza.
