O deputado federal reeleito Dr Luiz Ovando (PP) foi o entrevistado desta quinta-feira (03) ao Giro Estadual de Notícias, do Grupo Feitosa de Comunicação, e reforçou o apoio ao presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL), bem como a defesa das suas principais bandeiras. Ele também pontuou que pretende fazer uma oposição consciente ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), votando a favor das pautas que beneficiem a população e barrando aquelas que ferem os princípios defendidos pela direita. Além disso, o parlamentar se posicionou a favor das manifestações contra a eleição de Lula, mas criticou os bloqueios das rodovias.
"A vida é um processo e, de maneira geral, a gente avança e retrocede em alguns aspectos. Inicialmente, quero deixar a minha gratidão a todos aqueles que votaram em mim, que confiaram e depositaram na minha candidatura os seus votos, que me permitirão continuar na Câmara Federal por mais quatro anos. Nas eleições de 2018, eu tive mais votos que no pleito deste ano, na época, era razoavelmente conhecido, agora, estou mais conhecido da população. Porém, teve mudanças, mais partidária do que ideológica", pontuou Luiz Ovando.
Ele completou que a população, de uma maneira geral, é atenta e não se pode negar a grande liderança do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), que propôs inicialmente a criação de partido, mas que, infelizmente, não aconteceu, que era o Aliança pelo Brasil. "Eu era uma das lideranças aqui no Estado para levar à frente esse propósito, mas acabou não acontecendo. Eu me posicionei, esperando a evolução, até buscando a melhor execução e exercício político em Mato Grosso do Sul que não conseguia fazer no antigo PSL devido a várias questões que poderemos discutir em outra oportunidade", relembrou.
Ele pontuou que pretende fazer uma oposição consciente ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
O deputado federal reeleito contou que, em contato com a então ministra da Agricultura e agora senadora eleita Tereza Cristina (PP), recebeu muitos convites e, em especial, do PP, pelo qual acabou por se decidir ao invés do PL. "Isso pesou muito, pois as pessoas achavam que eu estava me afastando das linhas de ação do presidente Bolsonaro, o que não era verdade. Quero esclarecer que sou Bolsonaro pelas bandeiras que ele defende e vou continuar sendo se ele continuar defendendo essas pautas, que são a da liberdade, da livre iniciativa, da defesa da família e, principalmente, da defesa do patriotismo, que não existia mais em nosso País. Ao ir para o PP, a população entendeu mal, porém, o que foi interessante é que as pessoas que votaram em mim nesta eleição, votaram com convicção e não votaram única e exclusivamente pelo partido ou pelo presidente Bolsonaro", reforçou.
Luiz Ovando acrescentou que não se distanciou e nem se afastou do presidente Bolsonaro. "Quero deixar isso muito claro, continuo defendendo as pautas que ele defende porque eu acredito nelas e foi o que me levou em direção ao presidente em 2018, quando tive mais de 50 mil votos sem recursos e, desta vez, tivemos recursos para a campanha e fiz menos votos, o que me deixou um tanto quanto preocupado e até chateado, mas, reavaliando e, diante do cenário, pude perceber que aconteceu exatamente isso que argumentei", analisou.
Na entrevista, ele assegurou que espera que a próxima Câmara dos Deputados e o Senado Federal siga os mesmos princípios defendidos pelo presidente Jair Bolsonaro. "Não podemos negar a liderança do presidente Bolsonaro, que conseguiu eleger diretamente ligados a ele seis senadores e indiretamente 16 outros, mostrando que ele é uma liderança e que o Brasil está do lado de políticos que seguem esses valores e princípios. Por isso, vou continuar defendendo e quero crer que, aqueles que se elegeram na esteira do presidente Bolsonaro e, naturalmente, apoiando as suas pautas, se mantenham firmes e continuem defendendo exatamente o interesse da população que foi quem os escolheu para que possam bem se posicionar nacionalmente", cobrou.
Ovando assegurou que espera que a próxima Câmara dos Deputados e o Senado Federal siga os mesmos princípios defendidos pelo presidente Jair Bolsonaro
Sobre a vitória do Lula, o deputado federal reeleito não vê dificuldades em legislar tendo como presidente o petista, até porque a grande maioria dos deputados federais é de partidos de direita, ou seja, da base do presidente Jair Bolsonaro. "A minha preocupação é exatamente com o presidente Bolsonaro, pois ele é um líder e precisa ir à frente, tomando a bandeira da liderança real e envolver esses parlamentares que ajudou a eleger e a reeleger. O que aconteceu com o PSL? O partido não assumiu esse posicionamento e fracassou. Então, é preciso assumir esse posicionamento ou vai acontecer a mesma coisa", alertou.
Luz Ovando ressaltou que somos seres gregários, estamos sempre juntos e precisamos ter um líder sempre à frente para continuar aglutinando e defendendo aquilo que acredita, caso contrário dispersa e, dispersando, se perde força e precisamos compor forças. "A minha preocupação é mais nesse sentido e quero crer que o presidente está sendo muito bem assessorado atualmente e, inclusive, alertando para isso, pois, perder uma eleição, não é uma tragédia, é um fato, acontece. Especificamente, agora, não teremos dificuldades, pois a maioria dos deputados federais é de direita e nós vamos sentar à mesa e discutir", argumentou.
Ele prossegue que, aqueles assuntos ligados diretamente à população, como os benefícios sociais, não tem o porquê de ser oposição simplesmente por ser oposição, mas as questões relacionadas a costumes, ética, moral e comportamento social, obviamente, será oposição, pois temos muitos absurdos na Câmara dos Deputados que são colocados como projetos de lei e que não vão avançar e nem devem entrar em pauta pois a maioria vai vetar. "Quanto menos esclarecimento há, mais emoção existe. Em 2019, eu pedi ao presidente Jair Bolsonaro para resgatar o porta-voz, pois, sem essa figura, ele quem se posiciona e isso gerou uma série de questionamentos porque ele se pronunciava de forma muito contundente e isso era mal interpretado", recordou.
Ele prossegue que, aqueles assuntos ligados diretamente à população, como os benefícios sociais, não tem o porquê de ser oposição simplesmente por ser oposição
O parlamentar acrescenta que a esquerda é hábil, articulada e sofista, não tem compromisso com a verdade, mas sim com a emoção. "A esquerda manipulou muito bem isso e, infelizmente, teve agora no fim alguns acontecimentos que foram tétricos em termos de ir contra aquilo que estava ali. Baseado nesse fato da emoção, infelizmente, a população não avaliou adequadamente aquilo que o presidente Jair Bolsonaro fez diante de todas as adversidades. Ele governou contra tudo e todos porque deixou de fora todas aquelas práticas desonestas da velha política", afirmou.
Agora, conforme o deputado federal reeleito, será oposição e vai em cima para que se continue objetivamente traçando objetivos a serem alcançados pelo novo governo brasileiro. "Aquilo que for correto, vamos apoiar, aquilo que for errado, vamos votar contra, não simplesmente da forma como a esquerda fez com o presidente Bolsonaro, ou seja, usando de sofismo, nós vamos usar a realidade. Agora, a realidade nem sempre alcança o que você prega e o objetivo que você quer atingir, infelizmente, esse é ser-humano e perdemos por cerca de dois milhões de votos a Presidência da República, mas ganhamos na Câmara dos Deputados e no Senado Federal e, nesse sentido, teremos a possibilidade de moldar, modular e balizar as ações do STF (Supremo Tribunal Federal)", avisou.
A respeito do resultado das urnas, Luiz Ovando falou que contestar, até contesta, mas, a grande questão é que tudo que você vai fazer tem um comprovante, quando se faz um PIX, tem um comprovante, quando se paga uma conta, tem um comprovante. "Então, por que quando votamos não se tem um comprovante? Já se tem quatro projetos de lei que foram aprovados, inclusive o último foi derrubado em 2015 pelo Congresso Nacional e a então presidente da República, Dilma Rousseff (PT), tinha vetado, mas foi derrubado o veto, mas a lei não foi aplicada", lamentou.
Ele completou que teve inclusive manifestação dos ministros do STF fazendo campanha na Câmara dos Deputados, o que é errado, pois a Constituição Federal proíbe que ministros e juízes se envolvam politicamente, mas, eles simplesmente desobedeceram e fizeram isso porque o Senado Federal sempre foi muito tolerante. "Quando você vai para um jogo, você aceita a regra, então, não temos condições de comprovar se tem irregularidade. Todas as coisas passaram pelo parlamento, seguiram o trâmite de legalidade, então, não dá para comprovar. Agora, se tiver comprovação de que houve fraude, o que vai ser muito difícil, teremos de reconsiderar o nosso posicionamento", afirmou.
Sobre as manifestações, o parlamentar ressaltou que toda manifestação é legítima e não se pode querer barrar, porém, o protesto não pode prejudicar os outros. "A Constituição Federal garante o direito de ir e vir de todos os cidadãos, então, na hora que você coloca algo para impedir isso, não importa de onde vem, seja da direita, da esquerda, de indígenas ou de sem-terra, está em desacordo com a Constituição e as forças de segurança têm de acabar com isso. A manifestação é legítima, mas desde que seja feita de uma forma tranquila e serena sem causar nenhum problema ou prejuízo ao seu semelhante", analisou.
O deputado federal reeleito disse que concorda com o protesto, inclusive participou do ato em frente ao CMO (Comando Militar do Oeste), mas, o importante a ser ressaltado, é que na eleição foi aceita a regra, que deveria ter sido contestada lá no início. "Se o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é um condenado pela Justiça, o Senado deveria ter se manifestado e se posicionado contra a candidatura dele perante o STF, mas não fez isso, por isso, temos de aceitar o resultado das urnas. Agora não adianta, a não ser que seja comprovada fraude", acrescentou.
Sobre as manifestações, o parlamentar ressaltou que toda manifestação é legítima e não se pode querer barrar, porém, o protesto não pode prejudicar os outros
Balanço - Ao fazer um balanço dos seus quatro anos na Câmara dos Deputados, Luiz Ovando disse que foi uma satisfação muito grande representar o povo sul-mato-grossense. "Nesses quatro anos à frente do meu mandato, atuamos defendendo as questões do comportamento natural. Os posicionamentos ideológicos e partidários se completam, não há linha perfeita, costumo dizer que o médico é um grande socialista, porque cuida e toma conta de tudo e não deixa você fazer nada enquanto estiver doente. Porém, à medida que você vai melhorando, é estimulado a tocar sua vida e, depois de um tempo, o médico te manda ir embora e seguir sua vida normalmente até que apareça outro problema de saúde. Na sociedade, isso não é diferente, pois temos a direita e a esquerda para que haja equilíbrio, o mundo é dual, o universo é dual, tem forças positivas e negativas, tudo é assim, então, é preciso que tenhamos esse equilíbrio", afirmou.
Ele pontuou que teve o privilégio na Câmara dos Deputados de defender pautas que vieram da esquerda e pautas que vieram da direita e vai continuar assim. "Uma delas, a qual analisei na condição de relator, foi evitar que, na área de saúde, tivéssemos curso em EaD (Educação a Distância), felizmente, consegui barrar isso, votei contra e foi aceito. Outro projeto que consegui aprovar foi o que dá condições para o médico clínico que fizer o credenciamento pelo SUS (Sistema Único de Saúde) possa atender o paciente no seu consultório", citou.
O parlamentar detalhou que, quando se vai à UBS (Unidade Básica de Saúde), você não sabe quando será atendido e, quando tem de retornar, é outro médico diferente, ou seja, o médico perdeu a identidade. "E, eu, na condição de médico e professor de faculdade de Medicina, quero resgatar a identidade do médico e esse foi o primeiro passo. Agora, vai ser uma guerra porque o próprio Alexandre Padilha, que está cotado para ser ministro da Saúde, é contra. Se confirmar o nome dele mesmo, vou lutar para provar que estou certo e vamos lutar para que a dignidade do médico seja restabelecida e que se tire esse absurdo de fila de SUS, número restrito de consultas, dificultando a vida dos pacientes. Nós precisamos inclusive resgatar a dignidade e qualidade do profissional clínico que está precisando neste País", garantiu.
O deputado federal reeleito informou que também tem um projeto de lei que pretende custear as mães integralmente para que cuidem dos filhos até que completem três anos de idade e depois parcialmente até completem seis anos de idade, que é fase da formação de costumes e, principalmente, de caráter porque precisamos neste País de cidadãos adequadamente formados pelas mães. "Também propus a redução do IR (Imposto de Renda) à medida que a pessoa envelhece, pois começa a gastar mais com remédios e é preciso que tenha mais dinheiro para atender essa necessidade", finalizou.
Sintonize o Giro Estadual de Notícias, segunda a sexta, das 07h30 às 08h30, pelo acritica.net e para as seguintes rádios de MS:
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