Mucormicose é uma infecção grave e precisa total atenção no tratamento. Considerada rara entre pessoas saudáveis, a doença é muito conhecida entre os médicos, e nos últimos dez anos, tem sido mais recorrente. A razão para isso, é que a mucormicose, como outras infecções por fungos, é oportunista, pois atinge pessoas cujas defesas do corpo estejam enfraquecidas por alguma outra condição, como o diabetes não tratado, leucemia e o uso contínuo de altas doses de corticosteroides.
O quadro da doença tem rápida evolução e é considerado uma emergência médica, ou seja, requer imediato diagnóstico e tratamento que, em geral, é cirúrgico e medicamentoso com antifúngicos prescritos. Frequentemente, a mucormicose requer cirurgia para cortar o tecido infectado. O primeiro paciente em Mato Grosso do Sul, um homem de 71 anos, diagnosticado com fungo negro, em Campo Grande, faleceu por decorrência da doença e o segundo caso provável de mucomircose foi de um paciente de 50 anos, na cidade de Corumbá.
Nesta sexta-feira (18), o Giro Estadual de Notícias recebeu a Diretora Nacional de Infectologia da Rede Hapvida, Dra. Silvia Nunes Fonseca, para falar sobre a enfermidade. "Esse fungo é muito raro, mesmo na Covid. Ele só infecta pacientes muito debilitados, com diabetes descontrolado ou tratamento de câncer muito forte. Na região da Índia, por exemplo, já aconteciam vários casos, devido ao diagnostico de diabetes não controlado nos moradores da região", explicou.
Mas apesar do 'surgimento' no Estado, ela reforça que casos de mucormicose são raros no Brasil. "É um quadro bastante raro, difícil e chama atenção porque é grave, porque é desconhecido aqui no País, porém, antes da covid, já era um problema na Índia. Em regiões onde há tsunamis, terremotos ou outras catástrofes, o individuo pode ter lesões graves e contato com fungo pelo ar ou pelo solo onde entra na corrente sanguínea pelas feridas da pele", reforça.
Sobre a Covid-19, ela afirma que a vacinação é de extrema importância para a população, já que resulta na diminuição das mortes por covid-19 e a transmissão para outras pessoas. "Os jovens, principalmente, devem tomar todo cuidado pois é o publico que mais tem se aglomerado em época de pandemia. Mesmo que esteja vacinado e imune do agravamento da doença, podem precisar de um leito por outros motivos e nesse momento não existem vagas para outras internações, a não ser por covid-19, e infelizmente as outras doenças não 'tiraram férias', portanto, evitem a aglomeração, pelo menos por enquanto", reforça.
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