A população enfrenta uma nova epidemia de gripe, desta vez, causada por uma variante do vírus influenza. Para tirar dúvidas e falar mais sobre o assunto, o Giro Estadual de Notícias recebeu nesta terça-feira (11), a infectologista Silvia Fonseca, do Sistema Hapvida.
Devido ao aumento expressivo nos casos de síndrome gripal em todo país, fica difícil diferenciar os sintomas e saber se está com gripe ou covid. “Muitas vezes os profissionais da saúde não sabem o que está causando a síndrome gripal, a gente dá esse nome a um conjunto de sintomas: dor de garganta, febre, tosse, dor no corpo. Quando os sintomas começam evoluir para uma falta de ar, nós chamamos de síndrome respiratória aguda grave. É difícil saber qual é o vírus que está fazendo isso acontecer”, relata.
A profissional da saúde enfatiza que o vírus da influenza é muito mutante. “Influenza também mata. A gente que trabalha em hospital está muito acostumado a ver pessoas chegando com casos de influenza grave e morrendo, principalmente as pessoas idosas e com comorbidades, problemas no pulmão, coração e doenças da imunidade, nós vemos isso todo ano”.
O vírus da influenza sazonal acontece anualmente, mas em 2020 a onda não ocorreu devido às medidas de biossegurança que foram adotadas na pandemia, como uso de máscaras, álcool gel e distanciamento social. Todos os anos as vacinas da gripe são contempladas para H1N1, H3N2 e influenza B. Segundo especialistas, esse H3N2 que está circulando é um pouco diferente. Os cientistas já estão preparando a vacina de 2022 levando em conta essa variante do H3N2.
De acordo com a Silvia, com a chegada das vacinas contra covid-19 em 2021 e redução no número de casos e mortes, as pessoas ficaram mais confiantes. “De fato as mortes diminuíram e problemas de falta de leitos também. As pessoas começaram a relaxar, principalmente nas festas de fim de ano, as pessoas abusaram um pouco. Se aglomeraram, não usaram máscaras e a gente passou a ver a influenza sazonal que geralmente acontece nos meses frios”, explica.
A profissional ressalta ainda a importância da vacinação. “Só não estamos vendo um desastre maior porque todo mundo já está se vacinando com a 2ª dose, é preciso também tomar a dose de reforço. Quem puder se vacinar contra a gripe deve se vacinar, porque essa vacina vai cobrir 3 vírus diferentes de síndrome gripal”. Para a especialista, ainda não é hora de se aglomerar. “Quem estiver com sintomas de gripe e resfriado não deve ir trabalhar”, complementa.
Acerca das vacinas, a infectologista afirma que os imunizantes são muito eficazes para reduzir hospitalização e morte, mas não são eficientes para evitar a replicação do vírus. “Mesmo vacinado é preciso usar máscara, às vezes a gente nem sabe que tem o vírus lá no nariz, mas ele está lá se replicando, a ponto de eu poder transmitir para o outro se eu não usar máscara”, salienta.
PROGRAMA GIRO ESTADUAL DE NOTÍCIAS
Sintonize o Giro Estadual de Notícias, segunda a sexta, das 07h30 às 08h30, pelo acritica.net e para as seguintes rádios de MS:
RÁDIO MARABÁ FM 93,9 – MARACAJU
RÁDIO BAND FM 100,9 - FÁTIMA DO SUL E REGIÃO DE DOURADOS
RÁDIO MONTANA FM 89,9 - INOCÊNCIA E REGIÃO DO BOLSÃO
RÁDIO SERRA FM 106,5 - RIO VERDE DE MT
RÁDIO SERRANA FM 88,7 – NIOAQUE
RÁDIO BAND FM 88,5 – PARANHOS
Clique no botão PLAY, no centro da imagem acima, e confira a entrevista na íntegra.