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MEIO AMBIENTE

Imasul amplia estratégias para conter avanço das queimadas em Mato Grosso do Sul

30 outubro 2019 - 12h06 Por Rosana Siqueira

Balanço da Defesa Civil do Mato Grosso do Sul, divulgado neste semana, aponta que cerca de 80 mil hectares foram consumidos pelas  queimadas no Estado até o momento. Diante da gravidade do quadro e extensão da área, o assunto tem demandado esforços intensos do Governo do Estado, por meio do Instituto de Meio Ambiente do MS (Imasul) em conter o avanço do fogo. Estratégias que envolvem uso de aeronaves, atuação de brigadistas, Corpo de Bombeiros e monitoramento constante são utilizadas pelo Imasul, segundo explica o presidente do instituto André Borges. Ele foi o entrevistado desta quarta-feira (30) no programa Giro Estadual de Notícias.

Borges destaca que Mato Grosso do Sul teve um ano atípico do ponto de vista climático. "Tivemos uma estiagem muito severa que estamos enfrentando. Estamos no final de outubro e não tivemos chuvas significativas ainda pra retomar esta umidade pra amenizar o calor. Ou seja este período em especial tem muito calor, tempo seco e muito vento e aí iniciou este incêndio que já havia sido combatido e agora retornou de novo", alega.

Ele explica que nesta semana, coma realização da Conferência WildFire -que trata coincidentemente da prevenção e combate aos incêndios no meio ambiente - tiveram reunião com o titular da Semagro Jaime Verruck, com o presidente do Ibama, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar Ambiental para coordenar as ações. "A meta é que possamos intensificar as nossas ações. Foram várias estratégias. Temos neste momento uma equipe da Defesa Civil fazendo um sobrevôo para atualizar informações sobre focos. A partir daí vamos montar estratégia de pessoal, de equipe para fazer o combate por terra e também aéreo com aeronave do Mato Grosso que está nos dando apoio e veio pra Wildfire", destacou Borges.

O presidente do Imasul salientou a importância do evento . "É uma conferencia internacional que trata sobre o manejo a gestão de incêndios florestais no mundo. Temos até amanhã (sexta-feira) especialistas do mundo inteiro discutindo o assunto aqui em Campo grande. É a primeira vez que ocorre no Brasil", afirmou.


Borges disse que o Governo está aproveitando a ocasião e presença de especialista para traçar novas estratégias. "Temos a Defesa Civil atuando diretamente neste levantamento, além de equipe do Imasul em parceria com a PMA fazendo sobrevôo na região. Pelas imagens de satélite conseguimos acompanhar por onde começaram estes incêndios. Agora estamos cruzando com os dados do Cadastro Ambiental Rural pra ir nestas propriedades e começar a apurar", salientou.

Queimadas controladas

Com relação à queimada controlada, Borges explica que é uma atividade que desde que autorizada pelo órgão ambiental pode ser utilizada para limpezas de pastagens. "É uma prática que se usa no Pantanal, mas de forma controlada. Neste período esta ação é vedada até o dia 31, quando é proibido uso do fogo na planície pantaneira. Então se alguém adiantou isso está sujeito as penalidades identificadas. Mas a nossa proposta agora junto com o secretário Jaime é de ampliar este período por mais 30 dias. O motivo é porque nos estamos ainda sobre um decreto de situação de emergência por conta da estiagem, das queimadas que ocorreram um período atrás. Por isso nos vamos prorrogar este período por mais 30 dias de vedação do uso de fogo na planície pantaneira. Entre hoje e amanhã deverá ser publicada esta portaria conjunta com Ibama suspendendo este período de queimada na planície pantaneira para que a gente possa fazer um trabalho mais efetivo até que as condições climáticas se restabeleçam", finalizou.

O presidente do Imasul ainda falou sobre aquecimento global, ações de proteção aos parques estaduais, entre outros assuntos. Confira a entrevista completa no player.