Mato Grosso do Sul teve em sua história 11 governadores e o Partido dos Trabalhadores chegou ao principal cargo do Poder Executivo estadual entre 1999 e 2007. Na ocasião, José Orcírio Miranda, o Zeca do PT, foi o governador. Para o pleito deste ano, ele estava como pré-candidato até a desistência. Com isso, a sigla buscou um novo nome e a advogada e filiada ao partido desde 1986, Giselle Marques foi a escolhida. Nesta terça-feira (26), ela foi entrevistada pelo Giro Estadual de Notícias.
O nome da advogada veio após um consenso nas discussões do diretório estadual do PT. Ela já foi candidata à suplência quando Zeca do PT tentou se eleger como senador por MS. Giselle resume: “eu me senti muito honrada ao receber o convite do Partido dos Trabalhadores. Eu não tinha a pretensão de um dia ser candidata à governadora do Estado. Meu nome surgiu de um consenso dentro do Partido”.
Além do consenso interno, a pré-candidata ressaltou que Mato Grosso do Sul pode ter uma frente ampla de esquerda para as próximas eleições. Até o momento, a petista tem acordos com o Partido Verde (PV) e Partido Comunista do Brasil (PCdoB) - legendas que também apoiam a pré-candidatura à presidência da República de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A federação do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) e da Rede Sustentabilidade (REDE) está em fase de conversa com o PT. “Acredito que teremos uma frente de esquerda no Mato Grosso do Sul”.
Ainda relacionado aos apoios, Giselle comentou um assunto muito destacado recentemente pela mídia que foi o apoio de 71 dos 79 prefeitos ao pré-candidato do Partido Social Democrata Brasileiro (PSDB), Eduardo Riedel. “Quando você está à frente da liberação de verbas para os municípios é muito fácil você conseguir esse apoio. Como que um prefeito que está dependendo de recursos vai dizer que não apoia o candidato?”.
Sobre os planos citados na pré-campanha, Giselle traz a sustentabilidade e preservação ambiental como bandeiras. “Sustentabilidade significa comida no prato, é um engano achar que a questão ambiental está separada da questão social, da produção de alimentos, emprego e renda. Me sinto preparada para trazer a Mato Grosso do Sul um novo modelo, que seja de desenvolvimento sustentável. Modelo que olhe para a agricultura familiar”.
A advogada criticou o atual governo do Estado por, segundo ela, ficar inerte aos problemas sociais presentes em MS. “Em um Estado que temos mais boi do que gente, quem está conseguindo comer carne vermelha?”.
Além disso, chamou a gestão de ‘Governo da Motosserra’ por conta das políticas de preservação ambiental. Para ela, o Estado foi uma corrente ligada ao Governo Federal nesse setor. “O desmatamento não está mais apenas no [Palácio do] Planalto, está na planície”.
Em 2018, o PT concorreu com Humberto Amaducci no que a pré-candidata chamou de ‘auge do antipetismo’ e obteve pouco mais de 10% dos votos válidos, cerca de 132 mil. Ela aposta no histórico para chegar a um possível segundo turno em outubro. “Ele foi nosso candidato em 2018. Atualmente, nós temos cinco candidatos que representam o projeto do presidente Jair Bolsonaro. E os votos estarão diluídos entre esses cinco. Eu estou muito animada para levar essa proposta e esse projeto”.
Giselle ainda destacou que não pretende se aliar para compor chapa com vice com nenhum dos pré-candidatos. “Eu não sou candidata a vice-governadora, eu sou candidata a governadora. Muito interessante principalmente quando as candidaturas são femininas que se venham com essa cogitação”.
Por fim, relacionado às possíveis alianças para compor o seu vice, a petista informou que o nome do indígena Eloy Terena (PSOL) é um dos possíveis e está ‘na mesa’. Ele também é advogado e nasceu em uma aldeia em Aquidauana.
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