Pouco mais de um ano após a pandemia, o mercado imobiliário em Mato Grosso do Sul registrou o seu melhor resultado: R$ 1,13 bilhões. A média bateu o valor do ano passado quando registrou R$ 569 milhões de recursos das cadernetas de poupança.
O presidente do Sindimóveis-MS, João Araújo Filho, acredita que o atual momento ainda seja indicado para quem quer adquirir um imóvel, considerando os juros ainda baixos e o fato da totalidade dos custos decorrentes da alta do INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) ainda não ter sido repassada para os empreendimentos. “O momento é favor para quem procura imóvel. As taxas de juros abaixo da média histórica e valorização das moradias em meio à pandemia ajudam a manter o mercado aquecido, tanto para procura de imóvel de médio e alto padrão", afirma.
A estimativa do Governo Federal é que tenha uma previsão de crescimento do PIB de 5,3% para o acumulado de 2021. Em todo o País foram somados R$ 19,66 bilhões em junho, maior volume nominal mensal da série histórica iniciada em 1994, divulgou a Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).
Nesse comparativo, entre a inflação e taxa Selic, o que mais se destaca são as ofertas de financiamento que os bancos vem propondo para quem tem interesse em adquirir um imóvel ainda este ano. "Para quem quer sair do aluguel e ir para seu próprio imóvel, a hora é agora, pois as taxas de financiamentos entre os bancos estão muito competitivas", explica.
Desde 2020, a instabilidade econômica e o risco de ficar desempregado, fez com que muitos cidadãos adiassem a compra da casa própria, porém, em contrapartida a venda de imóveis de alto padrão teve uma alta significativa e, segundo João, a facilidade no financiamento e também a ideia de trocar de imóvel para um com mais m², por exemplo, leva a crer que também incentivou a alavancar lançamentos de mais loteamentos, apartamentos ou condomínios na cidade de Campo Grande. "É bom sempre lembrar que um bom profissional e capacitado faz a grande diferença para adquirir o imóvel. Os aportes e os financiamentos com mais facilidades fez com que grande parte das compras fossem de pessoas que já tinham casas e queriam trocar de imóvel para um melhor ou maior", destaca.
Sobre as taxas cartorárias sobre o prédio, escrituras definitivas e portabilidade do crédito, o presidente salienta que é importante ter a garantia do imóvel seguro, em cima do valor que é calculado pela prefeitura e consultar junto a ela, documentações necessárias para toda e qualquer aquisição imobiliária.
"Pessoas que fizeram financiamentos anteriormente a essas taxas convidativas, podem ir ao banco onde fez o contrato e pedir para fazer a portabilidade do crédito. Afim de não perder o cliente, o banco fará uma nova negociação para se igualar nos momentos atuais. Caso o banco não aceite essa revisão, outro banco deverá ser procurado para fazê-la, e assim assegurar essas novas taxas atrativas de financiamento", confirmou.
Para aqueles que ainda não podem ou não querem comprar um imóvel nesse momento, a dica é que se atentem aos contratos firmados e cláusulas contratuais, lendo e identificando termos não esclarecidos no ato. "O acordo, mesmo sendo verbal, tem valia, desde que o inquilino mantenha em posse, durante todo o período, notas de pagamento de aluguel, depósitos bancários ou até mesmo conversas via redes sociais, que já são usadas para confirmação de acordo perante a justiça, mas nós do Sindicato sempre alertamos que façam contratos firmados, não verbais", alertou.
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