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POLÍTICA

"Fazer política é servir", diz Rinaldo Modesto que defende avanços em MS

18 fevereiro 2025 - 11h55 Por Da Redação

Em entrevista ao Giro Estadual de Notícias desta terça-feira (18), o deputado estadual Rinaldo Modesto (Podemos) fez uma defesa enfática da educação, do apoio ao terceiro setor e da necessidade de humanizar o serviço público. 

Modesto, que está no quinto mandato como deputado estadual, não hesita em afirmar que a política exige vocação. "Cada qual fique na vocação que foi chamado", citou, referindo-se ao apóstolo Paulo. Para ele, o parlamentar precisa estar próximo das pessoas, ouvindo demandas e propondo soluções. "Quando você faz algo com alegria, com prazer, a probabilidade de dar certo é muito maior", disse.

Educação como pilar do desenvolvimento - Defensor da educação desde os tempos de vereador, Modesto destacou os avanços na área. Segundo ele, o governo estadual investiu cerca de R$ 1,1 bilhão em melhorias educacionais no último ano. Entre os projetos que ajudou a viabilizar, está a expansão do ensino de robótica. "Apresentei um projeto para que todas as escolas do Mato Grosso do Sul recebessem kits de robótica. Hoje, 60% já foram contempladas", afirmou.

A questão salarial dos professores também foi abordada. Atualmente, Mato Grosso do Sul paga o maior salário inicial do Brasil para docentes concursados, mas os convocados ainda enfrentam diferenças significativas nos vencimentos. "Não podemos aceitar que um professor convocado, que tem a mesma formação, muitas vezes até mais qualificação, receba metade do que ganha um concursado", argumentou.

Outra conquista mencionada foi a climatização das salas de aula. "Estamos avançando na climatização das escolas, porque aprender em um ambiente confortável faz toda a diferença", pontuou.

O terceiro setor e o papel da política - Além da educação, Modesto ressaltou a importância do terceiro setor no atendimento à população mais vulnerável. Ele defende a regulamentação de uma lei que destina 1% do ICMS arrecadado sobre cigarros e bebidas alcoólicas para instituições sociais.

"Essas entidades fazem um trabalho que o Estado, sozinho, não consegue. Cuidam de crianças soropositivas, idosos acamados e dependentes químicos. Precisamos garantir recursos para que sigam atuando", explicou.

Deputado Rinaldo Modesto cobra apoio financeiro para instituições que atendem vulneráveisDeputado Rinaldo Modesto cobra apoio financeiro para instituições que atendem vulneráveis - (Foto: Lorena Sone)

Modesto citou o Cottolengo Sul-Mato-Grossense como exemplo. "Lá, cuidam de crianças e idosos com paralisia neurológica severa. São pessoas que precisam de atenção 24 horas por dia. Não basta só dinheiro, é preciso vocação", frisou.

Política e proximidade com o eleitor - O deputado também chamou atenção para o distanciamento de parte da população em relação à política. "Muita gente não lembra em quem votou dois anos atrás. Isso é um problema, porque impede que cobrem e acompanhem o trabalho do parlamentar", alertou.

Para Modesto, a transparência e o contato direto com a população são fundamentais. "Muitas leis que apresentei nasceram de conversas com cidadãos. Um advogado me ligou um dia, dizendo que precisava usar um banheiro químico na feira e não tinha. No dia seguinte, apresentei um projeto e virou lei", exemplificou.

Os recentes casos de feminicídio no estado também foram discutidos. O deputado expressou pesar pelas mortes e defendeu mudanças estruturais no atendimento às vítimas. "A violência contra a mulher em Mato Grosso do Sul ainda é uma das mais altas do Brasil. Isso tem que acabar", afirmou.

Modesto lembrou que já aprovou uma lei que obriga escolas a ensinarem noções básicas da Lei Maria da Penha como tema transversal. "Precisamos educar desde cedo. Se um menino é criado por uma mulher, por que cresce sem respeitá-las? Isso precisa mudar", argumentou.

O parlamentar também cobrou melhorias no atendimento às mulheres vítimas de violência. Ele citou falhas no funcionamento da Casa da Mulher Brasileira e defendeu a ampliação das Salas Lilás no estado. "A primeira Sala Lilás do Mato Grosso do Sul foi um projeto meu. Hoje já temos 46 espalhadas pelo estado. Mas precisamos de mais, e de um atendimento humanizado", afirmou.

Para ele, a resposta precisa ser rápida e eficiente. "Não podemos permitir que uma mulher saia de um local que deveria acolhê-la e vá direto para a morte. Isso é inaceitável", disse, referindo-se ao caso da jornalista Vanessa, assassinada após procurar ajuda. "Fazer política é servir. Meu trabalho sempre foi e sempre será voltado para melhorar a vida das pessoas. Esse é o nosso dever", concluiu.

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