O presidente do Sinpol/MS (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul), Giancarlo Miranda, se diz desacreditado com o presidente Jair Bolsonaro após os policiais civis serem excluídos da aposentadoria diferenciada oferecida às Forças Armadas.
“Nós (Policiais civis) estamos desacreditados com esse governo (Bolsonaro). Tínhamos a expectativa que o presidente teria a segurança pública como prioridade e agora está dando tratamento diferenciado para as Forças Armadas e para as forças de segurança pública, como a polícia civil, não dá para compreender”, explica Miranda.
O Sinpol/MS (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul) realiza, nesta terça-feira (25), protestos na frente de delegacias em todo o Estado por conta da reforma da previdência para a categoria.
Os policiais alegam que a carreira será prejudicada com a nova previdência.
“Mesmo com trabalho de grande risco, os policiais civis estão sendo rebaixados com a aprovação da nova Reforma da Previdência”, ressalta o presidente do sindicato, Giancarlo Miranda. O protesto consiste em realizar a chamada “operação tartaruga”, somente prisões em flagrante e atendimento a crimes graves. O atendimento à população não será realizado, como registro de boletim de ocorrência ou unidades periciais.
Em Campo Grande, a mobilização ocorre na Depac Centro (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário).
A reforma do governo Jair Bolsonaro excluiu os policiais civis da aposentadoria diferenciada oferecida às Forças Armadas e aos policiais militares.
Na reforma, para o policial civil se aposentar voluntariamente a idade mínima foi fixada em 55 anos, independentemente do tempo de serviço, e vinte anos no exercício da função.
“O que queremos é a justiça. A nossa atividade defende a sociedade e não pode ser tratada com descaso e precisa ser levada em consideração na reforma”, finaliza o presidente do sindicato.
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