Com bailarinas de 30 a 90 anos e buscando trazer a essência do feminino para o palco em ritmos que alegram e empoderam as mulheres, acontece amanhã (12), o espetáculo "Mulheres que Bailam", no Teatro Glauce Rocha, às 20h. Com apoio cultural da Fundação Manoel de Barros, o espetáculo tem elenco formado por 80 mulheres que utilizam a dança para trazer alegria as suas vidas. Flamenco, Samba, Tango, dança Cigana, dança árabe e Disco Music são os ritmos que serão apresentados. Para falar um pouco do espetáculo e da dança flamenco esteve nesta quarta-feira (11) no Giro Estadual de Notícias a bailarina e coreógrafa, Maria Helena Pettengil que é diretora do Grupo Embrujos de España que tem mais de 30 anos de existência.
Ela conta que o grupo surgiu em 1988. "Trouxeram uma professora chamada La Morita que é argentina. Ela veio dar um curso pra gente na primeira montagem reuniu os netos, bisnetos de espanhóis e agregados que gostavam da cultura espanhola. Esta foi a primeira versão do grupo 1988. Depois com o passar dos anos o grupo foi mudando foi entrando no caráter mais constante de apresentações. Por isso precisamos renovar e colocar pessoas que gostavam da dança e podiam se dedicar um pouco mais", relembra a bailarina.
Nestes 31 anos de grupo, Maria Helena destaca que o grupo foi angariando pessoas e simpatizantes da dança. "Na época eu já trabalhava com a dança clássica e moderna e tinha as meninas pequenas que gostavam de flamenco. Deste grupo surgiu um grupo infantil que hoje as meninas já são casadas, tem filhos. Então estamos agora numa outra formação", enfatizou.
Vida útil – A professora explia que o que difere o flamenco das outras danças é justamente a possibilidade de trabalhar com mais tempo de vida útil das bailarinas. "No balé clássico, por exemplo, precisa ter um peso específico, um tipo físico. porque a dança necessita isso. Já o flamenco não. Ele possibilita esta longevidade, digamos assim da arte no corpo da pessoa. Hoje tem muitas bailarinas na Espanha que já tem mais de 50 e 60 anos e atuando. Porque o flamenco precisa da maturidade que é só a idade que vai trazendo para o corpo e expressão da bailarina. Nesta questão é que a gente tem hoje este trabalho que eu estou fazendo que chama-se mulheres que bailam . Um trabalho vinculado ao Embrujos de España e possibilitando as mulheres que nunca dançaram se descobrirem poor meio da movimentação artística e cênica do flamenco, o prazer de estar dançando", conclui.
Ela frisa que a sempre a arte nasce da necessidade de algum sentimento ou tranformação de momentos difíceis. "Você pode se deixar levar pela depressão ou transformar isso de uma outra maneira. Neste caso a gente esta trabalhando este Mulheres que Bailam. Estamos usando toda a linguagem da dança para valorizar a mulher no sentido do feminino artístico", concluiu destacando que o espetáculo tem parceria com o projeto ativa idade da Fundação Manoel de Barros e estúdios convidados como o Suryamar e o Isa Yasmin.