Após quase 2 anos sem aulas presenciais, as instituições de ensino se preparam para receber os alunos. O que deve mudar neste retorno? Para falar sobre o assunto, o Giro Estadual de Notícias recebeu nesta sexta-feira (21), o diretor pedagógico da Rede Nota 10, Higor Tosta.
O professor destaca que os dados foram positivos neste período de ensino à distância. “Foi uma evolução muito rápida, mas, dependendo da idade, nós podemos sentir que houve prejuízo no desenvolvimento. Muitas crianças perderam a oportunidade de desenvolvimento social que elas encontrariam dentro da escola. Tem pontos positivos e negativos”, afirma o profissional.
A tecnologia foi um fator de extrema importância para a conexão entre alunos e professores. "Os professores foram agentes transformadores, eles precisaram prender atenção dos estudantes com seu conteúdo e aquilo que precisava ser ensinado. A gente tem muita coisa positiva devido a dedicação e esforço desses profissionais, nesses dois anos que foram tão difíceis”.
A expectativa de retorno é alta entre os profissionais e alunos. “Tem muito planejamento, uma alta perspectiva positiva de retomada e refazer a alegria que sempre tem que acontecer dentro da escola. Os alunos estão procurando os colegas, buscando essa vida social dentro da escola, esse contato direto de poder aprender mais e melhor”, diz. “Uma criança que entrou na pandemia com 7 anos, hoje ela estará com 9. Então é uma lacuna muito grande, com certeza, a ansiedade está enorme em retomar aquele ambiente escolar”, acrescenta.
Muitos pais ainda se sentem inseguros em mandar os filhos para a escola, acerca disso, o professor Higor ressalta que as medidas de biossegurança serão seguidas estritamente. “Nós seguimos todos os protocolos, nossos alunos usam máscaras corretamente, fazem higienização e passam por aferição de temperatura. Os pais também estão comprometidos com isso, observando seus filhos. Quando há algum caso, dependendo do protocolo que está em vigência, a turma é fechada. Estamos preparados para enfrentar o pior cenário, mas não é isso que nós desejamos”.
O professor espera que o retorno aconteça da forma mais próxima do normal possível. “Esperamos que inicie as aulas com a grande parcela das pessoas vacinadas, que é o que está acontecendo com a equipe de colaboradores e os adolescentes”.
Acerca da vacinação entre as crianças e adolescentes, o diretor pedagógico reforçou a importância de terem os alunos vacinados, entretanto, afirmou que a escola não será um órgão fiscalizador. “Nós acreditamos na ciência, uma escola é um lugar que sempre estará promovendo essa visão científica. Órgãos públicos podem ser fiscalizadores, não necessariamente a escola particular exigir isso”.
O desejo de 2022 dentro de um ano escolar para todas as escolas é de voltar a normalidade. “Retomada de projetos, de movimento e de alegria, tudo aquilo que acontece no desenvolvimento das crianças dentro do ambiente escolar. Existe sim um perda de 2 anos, mas essa geração teve facilidade com a tecnologia, e nos próximos anos poderão recuperar alguma lacuna, ou algo que não aprenderam bem”.
O colégio nota 10 utilizou várias ferramentas de conexão com seus alunos durante a pandemia. “Tinha momentos específicos com o professor, sistemas eletrônicos para receber e enviar atividades. Aumentamos a quantidade de professores para atender aqueles alunos que precisavam de mais atenção, devido a rotina dos pais. Foi um momento de aprendizagem para todos”, finalizou o professor.
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