O caso de Ana Clara Benevides, 23, jovem sul-mato-grossenses que morreu na viagem para assistir o show da cantora norte-americana Taylor Swift no Rio de Janeiro, continua chamando a atenção pela forma como tudo aconteceu. Sem ajuda financeira e incapaz de arcar com o translado, a família de Ana precisou fazer empréstimo, e contou também com a ajuda do fã clube da cantora que realizou uma vaquinha virtual.
Especialista indicam que uma medida que poderia ter sido tomada para que a família de Ana não ficasse desamparada seria um seguro de vida. Para falar sobre o assunto, o Giro Estadual de Notícias recebeu o consultor de planejamento financeiro e gerenciamento de riscos, Renato Mattosinho.
"As pessoas costumam fazer seguros para seus carros e residências, o que é ótimo. Discutir sobre seguros é sempre fascinante, inclusive para coisas como celulares. No entanto, o seguro de vida ainda é recebido com certa resistência, talvez por estar associado à ideia de morte. Atualmente, prefere-se falar em seguro pessoal, enfatizando que não se trata apenas de deixar dinheiro para alguém após a morte. Queremos entender, por exemplo, as necessidades que surgirão na ausência da pessoa, como o pagamento de inventário, acesso ao patrimônio, liquidez para gastos futuros e como manter o padrão de vida em caso de doenças graves ou acidentes. O seguro de vida é essencial para manter o padrão de vida, a educação dos filhos e outras áreas importantes", explica.
Renato Mattosinho em entrevista ao Giro Estadual de Notícias
Apesar da estabilidade que dá ter um seguro pessoal, apenas 17% da população brasileira com mais de 18 anos possuem o benefício do seguro. "O seguro de vida é pouco cultural no Brasil e tem crescido após a pandemia do Covid. Apenas 17% da população possuem seguro, e desse numero, 58% é seguro coletivo, quando empresas oferecem o benefício aos seus funcionários, e os outros 42% é individual, e é onde eu entro para entender o que cada cliente precisa", destaca.
Diversas pessoas não gostam nem de entrar no assunto do seguro por receio dos preços serem altos, porém de acordo com Renato, no Brasil os valores são bem acessiveis.
"É essencial compreender o que é relevante para cada cliente. No meu trabalho, busco entender todos os aspectos da vida do cliente, como renda, patrimônio e despesas futuras, para planejar adequadamente. Mas também é crucial saber quanto o cliente pode investir no seguro sem comprometer sua saúde financeira. Não se trata de sugerir um valor que possa sobrecarregar financeiramente o cliente. O objetivo é estudar e entender cada caso, garantindo que o seguro não prejudique seu orçamento. O seguro não é necessariamente caro", detalha. Ele ainda complementa: "Por exemplo, se compararmos o custo do seguro com gastos em atividades de lazer, como churrascos, percebemos que abrir mão de algumas saídas pode significar a proteção de toda a família. É importante ponderar o que estamos dispostos a proteger. Existem várias opções de seguro no mercado, adaptáveis a diferentes orçamentos. É vital ter um seguro, independente do valor escolhido", diz.
O consultor explica quais são os principais tipos de coberturas que são oferecidos em uma apólice de seguro de vida.
"A cobertura mais importante do seguro de vida é aquela para o caso de morte, seja por causas naturais ou acidentais, como um mal súbito ou acidente. Além disso, destaco a importância do seguro de vida ativo, que cobre invalidez total ou parcial, seja a perda de um membro, dois membros, ou até um dedo. É essencial considerar situações como acidentes que podem levar a uma invalidez, alterando significativamente a capacidade de trabalhar e a necessidade de adaptações no carro, casa e local de trabalho", reforça.
Outro ponto crítico são as doenças graves. A cobertura para doenças graves é fundamental, pois estatísticas indicam que uma em cada cinco pessoas pode desenvolver câncer.
"Em casos de doenças graves, é crucial pensar em como manter o padrão de vida e as implicações para a família e a carreira. Também menciono a cobertura de diárias de internação hospitalar, que fornece um valor diário durante a internação, e a assistência funeral. É importante ter um planejamento, inclusive para os mais jovens, pois quanto mais cedo se contrata o seguro, mais barato ele é. Isso se deve ao fato de que o risco de ausência aumenta com a idade, então jovens pagam menos para se proteger e garantir tranquilidade em momentos difíceis", esclarece.
Em relação ao tempo do aporto financeiro que isso poderá levar caso haja algum sinistro, Renato explica que não há um prazo padrão, e que isso varia de seguradora para seguradora.
"Não posso especificar o prazo exato para cada situação, mas em caso de morte, a liquidez é praticamente imediata, variando de 5 a 15 dias úteis para o pagamento do sinistro. É crucial oferecer essa tranquilidade à família. Já em vida, para coberturas como doenças ou invalidez, é necessário entender o que aconteceu, a causa da doença ou da invalidez. Dependendo da seguradora e do que foi contratado, o processo pode variar", diz.
Segundo o profissional, no caso de seguros contratados em bancos, que tendem a ser mais genéricos, o cliente geralmente precisa lidar diretamente com o serviço de atendimento e levar toda a documentação.
"Mas com seguradoras que possuem consultores, como no meu caso, o acompanhamento é mais próximo e personalizado. Meu trabalho começa quando a pessoa se torna cliente, acompanhando-a de perto. Em caso de sinistro, eu paro tudo para auxiliá-la. Em situações de invalidez, por exemplo, busco agilizar a documentação para o pagamento do sinistro o mais rápido possível. O mesmo se aplica a doenças graves, com pagamentos rápidos para coberturas de invalidez e internação hospitalar. Em casos de internação, por exemplo, o pagamento pode ser feito em até cinco dias. Cada caso é único, e a agilidade e atenção às necessidades do cliente são essenciais", destaca.
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