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GRAVIDEZ

Enjôos na gravidez devem ser tratados com cuidado para não trazer problemas para o feto

27 novembro 2019 - 12h16 Por Rosana Siqueira

O enjôo é um dos principais incômodos da gravidez, acometendo até 80% das mulheres no primeiro trimestre, segundo o Colégio Americano de Ginecologia e Obstetrícia. O tema é tão recorrente nos consultórios que o especialista em obstetrícia ginecologista Edvardes Carmona Gomes, que é diretor da Associação de Ginecologia e Obstetrícia de Mato Grosso do Sul (SOGOMAT-SUL) alertou dos perigos dos vômitos constantes ao participar nesta quarta-feira (27), do programa Giro Estadual de Notícias. O obstetra, explica que, além de riscos de desnutrição para a gestante, nos casos graves, os vômitos e náuseas podem afetar o desenvolvimento cerebral do feto. 

"Há vários fatores que levam aos enjôos, as náuseas na gravidez. Genéticos, psicológicos, hormonais que são os principais, e até uma bactéria no estômago. Mesmo assim os enjôos merecem atenção especial porque eles podem evoluir um pouco mais, podendo virar para casos mais graves. Quando a paciente  entra em vômitos de repetição, pode ter desnutrição, desidratação e isso traria conseqüências a mais na gravidez", explicou o ginecologista.

O especialista em obstetrícia ginecologista, Edvardes Carmona Gomes

Os enjôos, segundo ele, de forma muito intensa podem elevar o  risco de ma formação para o feto. "Estudos demonstram que a desnutrição pode trazer má  formação no feto. Por isso é importante tratar o enjôo como proteção da gestante e do embrião. Existem estudos de má formação ligando ao maior risco aquelas que tiveram enjôos graves, além de transtorno do espectro autista e desenvolvimento de futuros problemas de neurodesenvolvimento", alertou o especialista.

O ginecologista falou ainda sobre a melhor idade para engravidar. "Hoje a mulher possui métodos contraceptivos o que ampliou a opção sobre a gravidez. Ela pode fazer seu planejamento, ter seu filho quando quiser. E e se quiser ela pode programar a vida de uma forma diferente de apenas ser mãe e dona de casa. Deixou de ter a gravidez tão jovem , retardou o processo e diminuiu o total de filhos", enfatizou o médico.

Mesmo assim ele alerta que em resumo a idade ideal para uma gravidez seria entre os 20 e 35 anos. "Na adolescência o risco de uma gravidez é alto e após os 40 anos aumenta muito a possibildiade do feto ter problemas cromossômicos como a síndrome de Down. E também lembrando que a fertilidade diminui com a idade. Então se postergar a gravidez muito após os 40 anos, a pessoa vai ter dificuldade natural de engravidar", finalizou.

O ginecologista ainda abordou os cuidados com gestão de alto risco e o aborto espontâneo.

Confira a entrevista completa no player.