O abandono de animais é um problema que tem se agravado em várias cidades brasileiras, trazendo consequências graves tanto para os bichos quanto para a sociedade. Segundo dados da Subsecretaria de Bem-Estar Animal (SUBEA) de Campo Grande, há aproximadamente 324 mil animais domiciliados no município, mas cerca de 4% desses animais vivem em situação de rua, enfrentando fome, maus-tratos e problemas de saúde.
Em entrevista ao Giro Estadual de Notícias desta quinta-feira (19), o veterinário geral da SUBEA de Campo Grande, Edvaldo Salles, falou sobre o trabalho feito na pasta, destacando o cuidado aos mais de 5 mil animais na Capital.
"O abandono acontece por diversos motivos, incluindo mudanças financeiras das famílias, falta de informação sobre a posse responsável e o aumento desenfreado da população animal devido à falta de controle reprodutivo. Por isso, o município tem investido em programas de castração e adoção para minimizar os impactos desse problema", explica Salles.
Uma das principais iniciativas da SUBEA é o programa de castração municipal, que tem ampliado significativamente sua capacidade de atendimento. Atualmente, a prefeitura realiza cerca de 1.000 castrações mensais, incluindo animais de maior porte, como cães com até 25 quilos. Além disso, uma unidade móvel de castração percorre os bairros, facilitando o acesso da população ao serviço.
"Em Campo Grande, temos um censo realizado pelo CCZ e pela Sesau em 2021. Com base nas estimativas de crescimento, projetamos que em 2024 encerraremos o ano com aproximadamente 324 mil animais domiciliados. É um número significativo", informa.
O veterinário geral da SUBEA de Campo Grande, Edvaldo Salles - (Foto: Lorena Sone)
Segundo Edvaldo, o bairro noroeste necessita de atenção especial da sub-secretária na área de saúde pública, pelos altos índices de casos de leishmaniose e outras doenças em animais. "A população deve estar ciente de que qualquer sinal clínico que seu animal tenha, ela pode procurar o Centro de Controle de Zoonoses para que os exames sejam feitos de forma gratuita. Muitas pessoas ainda pensam que quando o animal fica doente, é necessário que seja feito o sacríficio, mas não, hoje, a legislação permite o tratamento de animais diagnosticados com a doença, o que é um avanço”, destaca Salles.
O papel da população
Para enfrentar esse problema, a população também precisa fazer sua parte. Isso inclui os cuidados como a castração de seus animais de estimação e denunciar casos de maus-tratos ou abandono. “Esse é um desafio que exige o engajamento de todos”, conclui.
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