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MÚSICA

Em entrevista, pesquisador Marcio Nina Guimarães conta a história do Chamamé

1 abril 2021 - 10h18 Por Rogério Alexandre Zanetti

Marcio Nina Guimarães é advogado e produtor rural. Além disso, se dedica há mais de vinte anos no resgate e divulgação do chamamé. E esse foi o tema do entrevistado nesta quinta-feira (1º) ao programa Giro Estadual de Notícias, do Grupo Feitosa de Comunicação, para 6 rádios em todo Mato Grosso do Sul.

Durante a conversa, Guimarães resgatou a história primitiva do chamamé, que se origina dos cantos religiosos dos índios guarani, na região da província de Corrientes, na Argentina. Depois, com a chegada dos padres jesuítas, incorporou os instrumentos musicais por eles trazidos, como o órgão, violino e outros. Após a expulsão dos religiosos da região, o chamamé incorporou o acordeão, além do violão, e foi dando as formas como o conhecemos hoje, mesmo que tenha se modifica pouco em sua essência.

“O chamamé não teve grandes mudanças, do ponto de vista estético, musical, melódico e poético durante todo esse tempo, porque ele projeta em suas letras a mulher amada, a referência e o respeito a Deus, à Nossa Senhora, à família, a esses valores tradicionais de nossa sociedade. E também, não podemos deixar de mencionar, à vida do homem do campo, aos grandes estancieiros, os animais, paisagens naturais fenômenos naturais, à chuva, às águas dos rios, o cheiro da natureza, do mato, o cavalo, à vida no campo, o gado, às churrasqueadas, as “bailanças” e tudo que concerne a vida do homem no campo cantada, poetizada, é declamada, verbalizada e é sentida, senão nas letras, mas nas melodias contagiantes do chamamé”, explicou Márcio Nina Guimarães.  

Ainda durante a entrevista, o pesquisador citou os primeiros grandes compositores e interpretes do chamamé, a começar pelos argentinos do norte e de famílias paraguais, e explicou como se deu a chegada do ritmo ao Mato Grosso do Sul, através dos movimentos migratórios. “Essas famílias não trouxeram apenas sua força de trabalho e seu empreendedorismo. Trouxeram também a sua forma de ser, a sua cultura, e a sua maneira musical, o chamamé e também a polca, que se firmaram como a raiz cultural da música de Mato Grosso do Sul”.

Um dos personagens mais importantes do chamamé em Mato Grosso do Sul, considerado o criador do chamamé sul-mato-grossense, o acordeonista Zé Corrêa também mereceu menção especial por parte do entrevistado. 

PROGRAMA GIRO ESTADUAL DE NOTÍCIAS

Sintonize o Giro Estadual de Notícias, segunda a sexta, das 07h30 às 08h30, pelo acritica.net e para as seguintes rádios de MS:

RÁDIO MARABÁ FM 93,9 – MARACAJU
RÁDIO BAND FM 100,9 - FÁTIMA DO SUL E REGIÃO DE DOURADOS
RÁDIO MONTANA FM 89,9 - INOCÊNCIA E REGIÃO DO BOLSÃO
RÁDIO SERRA FM 106,5 - RIO VERDE DE MT
RÁDIO SERRANA FM 88,7 – NIOAQUE
RÁDIO BAND FM 88,5 – PARANHOS

Clique no botão PLAY, no centro da imagem acima, e confira a entrevista na íntegra.