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CONTA DE LUZ

Em cenário de retração econômica, “a primeira atitude do consumidor é não pagar a conta de luz”

1 agosto 2022 - 11h05 Por Gabriel Neri

A inadimplência é uma das grandes preocupações da economia em todo o Brasil. De acordo com relatório divulgado pelo Serasa Experian, 16 estados têm mais de 40% dos adultos com contas atrasadas. Mato Grosso do Sul é o 7º na lista com 45,3%. A conta de luz é um fato que influencia nesse índice e somada a outras contas básicas como água e gás representa um quarto dos atrasos. 

Para analisar esse cenário e informar sobre as reduções e compensações na conta de luz, o Giro Estadual de Notícias recebeu nesta segunda-feira (1º) a presidente do Conselho dos Consumidores da Energisa em Mato Grosso do Sul (Concen-MS), Rosimeire Costa. Ela trouxe notícias que ‘aliviam’ o bolso do consumidor em MS como a compensação da cobrança indevida de imposto. Também destacou o baixo consumo nessa época do ano.

Rosimeire contextualizou que o cenário econômico do Brasil não é favorável. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país ultrapassa a marca de 11 milhões de desempregados. “Nós estamos em uma situação de retração econômica muito severa, temos muitos desempregados e a primeira atitude do consumidor é deixar a fatura de energia elétrica como uma conta não-paga”.


Rosimeire Costa em entrevista Giro Estadual de Notícias

A insegurança de manter as receitas também é fator de preocupação. A conta de luz, conforme destaca a presidente do Concen, vem de um consumo passado. O cidadão consome para depois pagar. “Na energia a gente paga o serviço pretérito. Já aconteceu e eu vou pagar o que eu consumi no outro mês”. 

A boa notícia é que para a próxima conta de energia, começará uma compensação do valor do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrado indevido por 20 anos. No entanto, o valor a ser abatido da tarifa leva em conta somente um quarto do período. Para Mato Grosso do Sul, Rosimeire informou que o valor supera o meio bilhão. “Passamos 20 anos pagando incorretamente e no fim teremos a devolução somente dos últimos cinco anos. Temos um crédito de mais de R$ 559 milhões e a devolução deve se estender por cinco anos”. 

Para o mês de setembro, mais um alívio para o consumidor envolve a alíquota do ICMS que o Congresso decidiu manter em 17% para todos os serviços essenciais. Além disso, a presidente ressaltou que nesse período de final de agosto, que marca o final de inverno, o consumo de energia na série histórica é menor se comparado aos outros meses. “Na série histórica de análise dos consumos, vemos que o mês de agosto é um dos meses que menos consome energia, porque estamos no inverno e tem uma série de situações que faz a fatura ser menor”

Ela finaliza afirmando que o consumidor que manter um consumo consciente vai sentir positivamente o impacto da redução do imposto e do crédito gerado pela cobrança indevida. “A gente imagina que o consumidor usando racionalmente a energia vai sentir esses benefícios” de redução na conta de luz, destaca.

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