Segundo o levantamento da Fecomercio divulgado em setembro, houve um aumento de 9% de pais que vão comprar presente para os seus filhos neste ‘Dia das Crianças’. A data deve aplicar R$ 131,93 milhões na economia de MS este ano, um aumento de 1,34% em relação a 2018. Desse total, R$ 97,18 milhões (74%) serão em presentes e R$ 34,74 milhões (26%) em comemorações.
Alguns pais enfrentam o dilema do que comprar para os pequenos neste período, afinal, para as crianças o momento é sinônimo de presentes e para os pais de gastos. Mas até que ponto isto pode afetar uma família com um "orçamento apertado" e com mais de uma criança?
Segundo a educadora financeira Sabrina Nakao em entrevista ao programa "Giro Estadual de Notícias" desta sexta-feira (11), fazer as crianças entenderem a importância do dinheiro já é um bom começo.
"Se endividar para dar um presente ao filho, não é algo correto e isso precisa ser falado com a criança. Ela precisa ser conscientizada para entender as reais condições dos pais em épocas difíceis financeiramente falando”, explica.
A educadora financeira Sabrina Nakao em entrevista ao programa "Giro Estadual de Notícias", desta sexta-feira (11)
Para Nakao, os filhos precisam aprender desde cedo o que é possível e o que não é dentro do orçamento da família. "A filha não quer aquela batedeira rosa do comercial, ela quer fazer o bolo com a mãe e com o pai. Ir para cozinha com a criança para fazer aquele bolo será de muito mais utilidade para a família", ressalta.
Quando as crianças ainda são muito pequenas, existe um receio de ensiná-las sobre dinheiro. A verdade é que quanto mais cedo elas aprendam a lidar, melhor será o compreendimento delas para sair de situações como esta.
"A educação financeira pode ser conversada dentro de casa a partir dos três anos. Explicar o que é o dinheiro e como se ganha, é o momento em que a criança pode começar a entender o quanto valem as coisas com moedas de único valor ou pequenos consumos", diz a educadora financeira.
A educação financeira infantil é um poderoso recurso para impedir o endividamento ou consumismo exagerado na vida da criança em períodos como este, e os pais precisam se educar para transparecer isso aos filhos.
“Os pais são exemplos, e se eles não se educarem isso vai ser refletido na fase adulta das crianças. Tornamos-nos o que somos por causa de nossas experiências e isso pode tirar as oportunidades do filho ser alguém mais consciente. Eduque um solucionador e não alguém que tem tudo fácil”, diz.