Ex-ministro da Saúde e agora candidato ao Senado, o médico Luiz Henrique Mandetta (União Brasil) comentou nesta manhã (28) em entrevista ao Giro Estadual de Notícias do Grupo Feitosa de Comunicação, sobre as críticas feitas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta semana, quando o Chefe do Executivo declarou que o médico era a sua maior decepção enquanto ministro.
“É uma coisa dúbia. Eu ando nas cidades e encontro as pessoas, e elas sabem que eu lutei pelo povo. Queria montar o sistema de saúde, mas não deu... Fico imaginando o que é ser a decepção de um, quando esse um já decepcionou milhões. É um problema da consciência dele”, afirmou o ex-ministro.
Em conversa com apoiadores na última terça-feira (26), Bolsonaro revelou que Mandetta recebeu o "cartão vermelho" referente a sua conduta no combate à Covid e também pelo Revalida, o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior Estrangeira. "Uma covardia no Brasil todo. O Mandetta quase aprova o Revalida para todo mundo aí. Maior decepção da minha vida com um ministro foi isso aí. E antes queria aprovar o Revalida para as particulares", disse o presidente.
O agora candidato ao Senado, afirmou que saiu da pasta com muito orgulho. “O que eu fiz enquanto cristão e como profissional. Eu tinha um juramento a cumprir. A preservação da vida faz parte Constituição Brasileira... Se eu decepcionei alguém, peço desculpas, nunca ofendi o presidente, passei o cargo ao meu sucessor, agradeci ao cargo, me recolhi aos estudos e segui em frente. Lamento muito o presidente da República ter essa visão”, lamenta.
Mandetta ainda afirma que nos últimos momentos antes de sua exoneração, Bolsonaro lhe deu a alternativa de pedir demissão ou ser demitido. “Eu disse que não conseguiria pedir a minha exoneração, que precisávamos trabalhar com a verdade. Foi ele quem assinou minha nomeação, nada mais certo que ele mesmo assinar a minha exoneração. No dia seguinte sai do governo, desejei ‘boa sorte’, peguei meu carro, minhas malas, meu cachorro e voltei de carro para Campo Grande”, recorda.
Mandetta em entrevista ao Giro Estadual de Notícias
Senado - O União Brasil em Mato Grosso do Sul aprovou, na noite da última sexta-feira (22), em convenção partidária a oficialização de Mandetta como candidato ao senado pelo partido.
A oficialização da candidatura foi realizada em um centro de eventos, em Campo Grande, no segundo dia do período para realização das convenções partidárias, conforme o calendário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Sobre essa nova disputa, o ex-ministro revela que vai defender vários setores.
“Se for para ser um senador que vai para esse debate colocar o ‘dedo na ferida’, é para isso que me candidatei. Se for para defender só um setor, o Senado é um espaço muito pequeno para isso. Um exemplo: O preço da energia em MS é o terceiro mais caro do Brasil. Por que não vêm indústrias pra cá? O principal elemento para o funcionamento do setor é a energia. Temos um gasoduto que cruza o nosso Estado e MS só usa esse produto para cobrar ICMS sobre o gás. Cadê a política energética do gás?... São várias pautas para discutirmos”, explica.
União Brasil - Pré-candidato do União Brasil à Presidência da República, Luciano Bivar pensa em escolher a senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS) para ser a vice de sua chapa rumo ao Palácio do Planalto. Segundo Mandetta, existe essa possibilidade.
“Sempre existiu essa ideia de trazer uma mulher como vice. Nós reconhecemos que a polarização é tanta, que essa eleição é importante para dizermos o que o partido pensa a respeito de vários assuntos. Ela [Soraya], como está no meio do mandato pode cumprir esse papel e a bancada feminina tem feito provocação nesse sentido. Eu vou ficar vez orgulhoso por outra sul-mato-grossense na cena política”, afirma.
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