Na correria da Expogrande, entre o cheiro de churros e o barulho dos leilões, Jair Aguilar parou por alguns minutos. Camisa clara, fala pausada e um entusiasmo pragmático, desses que os bons vendedores não fingem. Diretor comercial da Toyota Ramires, ele veio até o estande do Jornal A Crítica para conversar, como quem senta pra fechar um negócio — ou abrir uma conversa de quem sabe que o agro e os carros têm mais a ver do que se imagina.
“Campo Grande nunca viu isso. Duas concessionárias Toyota juntas num mesmo estande. É inédito”, conta, animado. De um lado, a tradicional Kampai, conhecida no Estado há anos. Do outro, a recém-chegada Ramires, vinda com a confiança de quem sabe que o agro precisa de motor, tração e fôlego de 10 anos — que, aliás, é o novo tempo de garantia que a Toyota está oferecendo. “Você mantém as revisões em dia e tem garantia de fábrica por uma década. Dá paz pro produtor. Isso conta muito”.
A presença das duas lojas na 85ª edição da Expogrande, aliás, é uma imagem rara: concorrentes trabalhando juntos, atendendo o mesmo público, falando a mesma língua — a dos negócios. E eles não vieram pra pouco. “Trouxemos descontos de até 18% pra produtor rural e CNPJ. Isso nunca foi praticado assim, nessa escala”, diz Jair. O resultado? “Já tem fila”, ri, “mas a gente está conseguindo entregar sem muita espera”.
Diretor da Toyota Ramires fala ao Jornal A Crítica sobre picapes, agro e nova fase da marca na Expogrande 2025
A conversa no estúdio do Grupo Feitosa de Comunicação, dentro da Expogrande, correu leve. Jair falou sobre aplicativo da Toyota que localiza o carro, bloqueia o motor, reduz o preço do seguro. Falou sobre carros híbridos, sobre a resistência do elétrico no Centro-Oeste e sobre como o Mato Grosso do Sul ainda é terra de estrada longa e combustão garantida. “O híbrido é a ponte. A gente vende muito Corolla híbrido aqui. Mas elétrico 100%? Ainda vai demorar um pouco, pelas distâncias. Imagina atravessar a BR sem um posto?”
Mas não foi só de carro que Jair falou. Ele destacou o valor simbólico de estar presente na maior feira agropecuária do Estado. “O público que está aqui é o que faz a economia girar. É o dono da terra, é o jovem que quer empreender, é a família que junta pra trocar de carro e investir”. E completou, sorrindo: “Estamos aqui de corpo inteiro. Das 8h às 22h, todos os dias. A feira é uma maratona, mas também é onde se constrói marca e confiança”.
Essa confiança, segundo ele, vem sendo construída devagar. A Ramires chega para somar e dividir espaço — até com a concorrência. “A Kampai, que sempre foi a única da capital, está expandindo. Abriu loja em Cuiabá agora. E a gente, que já é forte no interior, está aqui pra somar em Campo Grande. O consumidor sai ganhando.”
Quando perguntado sobre o mercado atual, Jair foi direto: o agro está comprando, mesmo com inflação e altos e baixos. “É época de colheita, de escoamento. E o nosso carro é pra isso. Não é só luxo, é ferramenta de trabalho. O pessoal quer durabilidade, quer confiança. E a Hilux tem isso no DNA.”
A entrevista foi encerrada no mesmo ritmo em que começou: sincera. Jair agradeceu o espaço, elogiou a organização da feira e convidou os visitantes a passarem no estande. “Tem brinde especial e atendimento com café. E se a pessoa não puder vir, as lojas estão abertas — menos no domingo, que até a Hilux descansa um pouco.”
