O programa Giro Estadual de Notícias de hoje, 28 de janeiro, recebeu para uma entrevista o médico ortopedista Luiz Henrique Mandetta, ex-deputado federal por Mato Grosso do Sul e, mais recentemente, ex-ministro da Saúde.
Durante a entrevista, Mandetta falou de sua gestão frente ao Ministério, esclareceu dúvidas sobre o tratamento precoce – principalmente do medicamento Cloroquina -, de política de sobre as particularidades do Sistema Único de Saúde (SUS).
Ao ser provocado sobre pesquisa de opinião pública do Datafolha e veiculada pelo programa Fantástico, da Rede Globo, na qual números apontam que durante sua gestão o Ministério da Saúde contava com 70% de aprovação, Luiz Henrique Mandetta comentou: “Foi consequência de um trabalho transparente que depois de fechou. Fazíamos a entrevista coletiva e as lives todos os dias, fornecendo informações para a imprensa e para as pessoas em casas poderem se planejar”.
Perguntado sobre sua afirmação, quando Ministro, de que se não seguisse as regras de biossegurança o Brasil chegaria a 200 mil mortos, número já superado, Mandetta comentou que ainda pior que isso agora é a nova cepa (variação) do vírus detectado em Manaus, porque se trata de algo potencialmente até 12 vezes mais transmissível que o normal. “Com a transferência de pacientes de Manaus para Goiás, Curitiba, Rio Grande do Sul, Bahia, Maranhão... então é como se você pegasse uma muda e colocasse um pouquinho dessa muda e colocasse em cada uma dessas cidades (...) Então, a tendência que essa cepa de Manaus se espalhe por todo o território Nacional. Normalmente, elas levam de 60 a 90 dias para ocupar. Se isso ocorrer dentro de 60 dias, em abril a gente deve ter uma situação muito dura para todo mundo, que é um baixo de vacinados, porque a gente apostou em poucas vacinas e estamos vacinando lentamente e uma cepa muito mais transmissível”.
Mandetta participou da entrevista nesta quinta-feira (28)
Mandetta comentou ainda sobre uma outra recente pesquisa que o coloca como o político mais popular do Brasil no momento, com índices superiores ao do presidente Jair Bolsonaro e de Sérgio Moro, por exemplo, o que o coloca com um importante nome nas próximas eleições.
Quanto a isso, comentou sobre a qualidade da classe política sul-mato-grossense, e que vem fazendo conversas com diversos personagens da política nacional. “O importante é a gente saber o tamanho da gente e querer uma unidade, porque o País está em frangalhos, nós estamos quase que vivendo uma guerra civil na internet. É um tiroteio, uma coisa de ódio, com a turma do Bolsonaro dizendo ‘olha, vote em mim senão o PT vai voltar’, e a do PT dizendo, ‘vote em mim senão o Bolsonaro fica. Então, deve existir vida inteligente entre esses dois mundos”, concluiu o ex-ministro.
O programa é feito ao vivo em Campo Grande, nos estúdios do Grupo Feitosa de Comunicação, e transmitido simultânemante para as rádios FM Rádio Marabá 93.9 em Maracaju, Band, na Grande Dourados, Montana em Inocência, Serrana em Nioaque, Serra em Rio Verde e Band em Paranhos.
Confira a entrevista na íntegra no player.