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QUEBRANDO PARADIGMAS

Desembargadora se tornou a segunda negra em 42 anos a chegar no maior cargo do Judiciário

11 março 2022 - 09h45 Por Rafael Pereira

No mês da mulher o Giro Estadual de Notícias teve a oportunidade de entrevistar a Desembargadora do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) Jaceguara Dantas, que no Poder Judiciário ressalta a ação transformadora da educação e o seu dever em relação ao tratamento da violência contra a mulher.

Reafirmando a representatividade feminina e negra na esfera jurídica, a desembargadora Jaceguara Dantas se tornou a sétima mulher e a segunda negra em 42 anos a ocupar uma das três cadeiras no principal cargo do poder judiciário de Mato Grosso do Sul.

“Eu penso que a representatividade é algo importante. Nesse sentido, a minha presença na corte máxima de Justiça no Estado de Mato Grosso do Sul evidencia um leque de possibilidades para todas as pessoas”

Autora do Livro 'Ministério Público e Violência Contra a Mulher’, Jaceguara expõe a realidade sul-mato-grossense quando se trata de feminicídio e violência contra a mulher e observa hoje a importância das políticas públicas como pauta no judiciário e o andar desses processos.

“Estamos em um caminhar, não necessariamente na velocidade que nós gostaríamos, mas estamos caminhando. Essa temática da exclusão da mulher tem toda uma questão histórica, política e social de uma sociedade em que a mulher ocupou um espaço privado e não público”, explica.

Para ela é fundamental que os poderes caminhem juntos com a sociedade e que essa temática seja prioritária. “Acredito sim que o papel tem sido cumprido com excelência, só que essa temática não é exclusiva do Judiciário, que é um viés de repressão. Mas sobretudo da sociedade como um todo”.

Para a desembargadora o papel do judiciário em casos de feminicídios e qualquer outra violência a mulher ainda está ligado à repressão, porém há a necessidade em se trabalhar o viés da prevenção e que envolva a diversidade feminina em sua totalidade, principalmente as mais vulneráveis.

“Além de comemorar o mês da mulher, sobretudo precisamos refletir que esse marco é por direitos de igualdade de posições em todas as esferas do poder, de decisão, de viver sem violência e discriminação com base no gênero e na raça. Pois somente assim iremos continuar com a construção de um mundo mais digno para todas as mulheres e meninas que integram a nossa sociedade”, finaliza.

 

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