Em entrevista ao Giro Estadual de Notícias desta quinta-feira (29), o deputado federal Luiz Ovando (PP) expressou preocupação em relação ao julgamento que irá definir futuro político de Jair Bolsonaro (PL) e criticou a manipulação do artigo quinto da Constituição, que, segundo ele, resulta em um processo de censura. Ovando destacou ainda a falta de posicionamento da elite jurídica diante do que considera uma quebra do ordenamento jurídico.
O deputado mencionou a condenação do ex-presidente Lula e citou o ministro Alexandre de Moraes, que teria intimado a Jovem Pan a afirmar a inocência de Lula, como exemplo de uma interferência no processo jurídico e uma violação às decisões do próprio Supremo Tribunal Federal. "A condenação de Lula foi referendada por ministros nomeados pelo próprio ex-presidente e que o Supremo também ratificou essa condenação, o que evidencia, segundo ele, falhas no comportamento de Lula em relação à corrupção", explica.
O parlamentar enfatizou a necessidade de esclarecer a manipulação do ordenamento jurídico, a falta de posicionamento da elite jurídica e a importância de uma maior articulação política para o futuro do País.
Ao ser questionado sobre a indicação de um ex-advogado de Lula para o Supremo Tribunal Federal, o deputado afirmou que não vê uma referência sólida no cenário político atual e lamentou a falta de posicionamento da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e de outras entidades jurídicas. "O Supremo Tribunal Federal está agindo de forma arbitrária, interpretando a Constituição de acordo com seus interesses e criando uma jurisdição de interesse de grupo", opina.
Quando abordado sobre a relação do atual Chefe do Executivo, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o Congresso Nacional, Luiz Ovando destacou que o Senado está alinhado aos interesses do Executivo e ressaltou a falta de união e articulação por parte da direita. "Existe uma diferença de visão de mundo entre as regiões do País e há dificuldades na aprovação de projetos devido a essas divergências", lamenta.
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