Foi determinada pela Polícia Civil nesta terça-feira (10) que as equipes plantonistas das Depac façam a gravação de video dos interrogatórios policiais nos autos de prisão em flagrante delito ou situação não flagrancial de crimes de competência do tribunal do júri – crimes dolosos contra a vida, tentados ou consumados.
A medida foi tomada a partir do pedido feito pelo juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Carlos Alberto Garcete de Almeida, em razão de inúmeros casos em que os acusados constantemente alegam que não declararam na delegacia o que está escrito pelas autoridades policiais nos interrogatórios juntados ao processo.
O professor e delegado aposentado, André Matsushita
Em entrevista ao “Giro Estadual de Notícias” desta quinta-feira (12), o ex-delegado André Matsushita, informa que a idéia é fazer com que o júri tenha uma concepção mais verdadeira no momento da decisão.
“O interrogatório vai ser gravado, podendo inclusive ter o direito de fala negado pelo acusado, se resguardando para falar na presença de seu advogado”, explica.
As gravações serão feitas por meio das câmeras existentes nos computadores da sala do delegado plantonista ou escrivães plantonistas, devendo em seguida proceder a gravação do arquivo em DVD-R fornecido pela direção da DEPAC, o qual deverá acompanhar o auto de prisão em flagrante/boletim de ocorrência.
“Todos terão uma prova que foi construída e foi demonstrada a forma de sua construção. Isso traz uma segurança jurídica a todos”, afirma Matsushita.