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'JAGUARETÊ-AVÁ'

Conscientização ambiental e combate aos incêndios no Pantanal são retratados em documentário

11 novembro 2021 - 11h50 Por Thais Matos

Em 2020 o Pantanal teve o pior ano em termos de queimadas. Mais de 20% do bioma foi destruído pelas chamas. O Giro Estadual de Notícias recebeu nesta quinta-feira (11), o apresentador, cineasta, escritor e documentarista de natureza, Lawrence Wahba, para debater sobre o assunto e falar sobre o lançamento do seu documentário “Jaguaretê-Avá: Pantanal em Chamas, que será lançado amanhã (12) no Dia do Pantanal no GloboPlay.

Lawrence relata como surgiu a oportunidade de iniciar o projeto. “Em março de 2020 eu estava em Corumbá explorando as regiões da serra do amolar para fazer um documentário para a televisão da Inglaterra e nosso objetivo era fazer fotos e mostrar para os ingleses onde iríamos ficar, e de repente, a pandemia da Covid-19 nos pegou”. Ele ainda acrescenta que a situação ficou mais nítida no avião. “Com todos aqueles boatos que ia ser proibido voar e de fechar as divisas do Estado,  o pessoal mandou um aviãozinho para nos levar de volta para São Paulo e quando esse avião decolou, nós vimos dezenas de focos de incêndio e pensei tem alguma coisa muito errada, não é possível que em plena estação cheia está queimando”, relembra o documentarista.

O experiente cinegrafista, que freqüenta o pantanal há mais de 20 anos, se viu com a missão de mostrar para as pessoas a situação que presenciou durante as  10 semanas que permaneceu no Estado. “Em um primeiro momento falei com um grande amigo e criamos uma campanha de financiamento coletivo para criar brigadas comunitárias, gerando emprego para os ribeirinhos que haviam perdido o emprego com a pandemia, que poderiam ser treinados, equipados e remunerados para combater os incêndios”, relata.

Lawrence Wahba esteve no Giro Estadual de Notícias do Grupo Feitosa de Comunicação

“Quando essa brigada começou a atuar eu vim para o Mato grosso do Sul e Mato Grosso, com o intuito de documentar esse trabalho para continuar com a nossa campanha, mas quando eu vi aquele inferno eu decidi fazer o filme. É difícil traduzir em palavras e por isso que o filme nasceu, porque só as imagens para mostrar aquilo e sensibilizar as pessoas para pensarem duas vezes antes de por fogo”, diz. “Quem assistir o filme Jaguerete Ava: Pantanal em chamas vai ver muita tristeza, mas vai ver a beleza da natureza também. São duas belezas que o filme mostra, uma do renascimento do Pantanal a partir daquele cenário infernal e a outra a rede que se formou de pessoas. Pantaneiros, voluntários, veterinários, organizações não governamentais”, acrescenta.

“O fogo é ruim pra todo mundo, o fogo afeta o fazendeiro, o ecologista, o meio ambiente, quando você vê, em um país tão polarizado, todo mundo unido para enfrentar essa situação, apesar do descaso de muitas autoridades, foi muito emocionante”, destaca o profissional.

As queimadas no ano de 2020 foram devastadoras para o bioma. “Muita gente minimizou os incêndios de 2020, a média anual de queimadas é de 8%, em 2020, o pantanal queimou 26%, mais que o triplo do estimado. O que o filme pretende é fazer as pessoas refletirem e se educarem em todas as etapas da cadeia do fogo”, afirma.

De acordo com o documentarista, é possível combater as queimadas, com educação ambiental e capacitação necessária. “Existe um tripé para combater os incêndios que acontecem anualmente, primeiro a prevenção, que é a educação ambiental e manejo integrado do fogo, na época certa, de chuva e com supervisão dos órgãos responsáveis, segundo é o combate e auxilio aos combatentes e o terceiro item é a punição”, finaliza.

O documentário Jaguaretê-Avá: Pantanal em chamas, estréia dia 12 de novembro, no GloboPlay. Confira o trailer abaixo:

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