A magia do Natal toma conta da cidade com diversos Papais Noeis e duendes comandando as festas. Mas afinal quem são os profissionais que estão por trás destes personagens? Para contar um pouco destas histórias o Giro Estadual de Notícias recebeu o advogado Silvio Fernando Degaspari de 58 anos, o "doutor Silvio", que se veste de Papai Noel há mais de 25 anos. Ele trabalha em shoppings, hospitais ou em eventos particulares todo fim de ano. Silvio veio acompanhado de um duende, o auxiliar de aviação Messias Silva que também falou um pouco como é incorporar o personagem e levar amor e carinho a quem precisa neste Natal.
O Papai Noel Sílvio Degaspari diz que somente estando no seu lugar para ver a alegria das crianças. "Os adultos também se empolgam.Esta semana uma mãe levou o filho para tirar foto e chorou ao meu lado. Percebi que ela estava muito emocionada. Isso não tem como falar, é muito bonito. Eu digo que já cheguei a ver coisas impressionantes, não que sejam milagres mas situação que só o amor pode ter feito", destaca.
Ele lembra que muitas pessoas passam pela cadeira do Papai Noel nos shoppings. "Pessoas mais carentes, cada um tem uma personalidade. Tem pai que passa com a criança e não deixa ela ir conversar com o Papai Noel. Outros vão e tiram fotos juntos. E alguns até pedem fotos só deles. Então é a personalidade de cada um. Mas vejo que principalmente as crianças sentem muita carência", salientou Sílvio.
Já o auxiliar de aviação Messias Silva, conhecido como o anão "Dunga" faz eventos de aniversários de crianças e se veste de duende do Papai Noel há 19 anos. "Todo ano sempre aparecem contatos, fecho com firmas. Mas, este ano está picado. Mesmo assim, graças a Deus. sempre tem oportunidades em eventos particulares", diz Messias, lembrando que neste ano fez festas vestido de marinheiro e Batman. "Foi bem legal e divertido. As crianças têm curiosidade porque sou pequeno. Eles acham que sou criança. No aeroporto eles me vêem trabalhando e perguntam: Porque ele pode trabalhar e eu não posso?. Aí eu falo que não cresci porque não comi feijão e verduras. Ou porque não obedeci o papai mamãe ai as mães ficam contentes com isso, Tem uns que tem medo de mim alguns assustam por eu ser pequeno e estar trabalhando. Mas eu chego converso tem uns que botam a mão daí a mãe bate na mãozinha", comenta rindo o auxiliar.
A emoção toma conta do Papai Noel e do duende quando questionados sobre o que motiva a abraçar a profissão. "A gente se emociona todo dia. Chego a chorar eu choro mesmo. Estes dias foram alunos deuma instituição. A Maná do Céu. Eles foram lá no Bosque dos Ipês cantar. É um grupo de crianças carentes. Eles cantaram brinquei com eles. A gente tem o lado financeiro deste trabalho, mas o lado do coração fala mais forte. Eu falo que não adianta pensar só no dinheiro. Você tem que trabalhar com o coração", finalizou.
A entrevista completa do Papai Noel e do duende de Natal você confere no player.