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NOVA REALIDADE

Com queda na produção de laticínios, sindicato solicita revisão de impostos

10 setembro 2021 - 09h40 Por Geliel Oliveira

No último dia 2 o deputado estadual Renato Câmara esteve na Secretaria de Estado de Fazenda, para levar ao secretário Felipe Mattos de Lima Ribeiro, juntamente com os representantes do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Estado de Mato Grosso do Sul (SILEMS), solicitações da indústria de laticínios, principalmente sobre os impostos no setor. Para tratar do assunto, o Giro Estadual de Notícias recebeu nesta sexta-feira (10), o representante do SILEMS, Paulo Barbosa.

Quanto à proposta de revisão dos impostos, o sindicato afirma ainda não ter recebido uma devolutiva, mas a expectativa segundo o representante é positiva. “Ainda ontem, ficamos sabendo que alguns Estados como o Rio Grande do Sul, estão conseguindo fazer o parcelamento de dívidas, temos esperança que essa conversa com o secretário possa aproximar nosso setor, uma ajuda mesmo para esse momento que estamos passando agora”, afirma.

A categoria vem enfrentando um momento crítico em Mato Grosso do Sul com a queda de produção nos últimos anos. Mas para Barbosa a crise já vinha se estendendo por um longo tempo, “O setor de laticínios em MS vem enfrentando uma crise já a alguns anos com o fechamento de grande indústrias que faziam parte do Estado, principalmente na região de São Gabriel do Oeste e Dourados, indústrias que tinham um grande potencial de geração de emprego e renda e fecharam justamente pela falta de incentivos e pela falta da matéria prima. O leite que já foi um grande produto aqui, vem perdendo espaço para outras culturas, em cinco anos vimos uma queda de 35% na produção”.

O representante da SILEMS, Paulo Barbosa

O representante da SILEMS explica que esse reflexo é sentido muitas vezes pelo consumidor final, principalmente quando o caso é a falta de produção, vez que o custo fixo acaba ficando muito alto e as fábricas não conseguem diluir os custos que vão de funcionário até a energia, “Apesar do leite estar na melhor fase em um bom tempo no estado, a indústria não consegue diluir os custos da produção, e acabamos por enfrentar a concorrência de fora do Estado, que são grandes produtores de leite”.

De acordo com ele, para que a situação possa melhorar faltam incentivos, como a presença de instituições de ensino voltadas para a cadeia produtiva do leite, ao ponto da produção leiteira ficar esquecida em meio ao campo.

Boa parte da captação leiteira em Mato Grosso do Sul, vem dos pequenos produtores, com propriedades de até 100 hectare, em áreas onde as outras culturas não entram e de acordo com o SILEMS afeta a produtividade total quando comparado às outras regiões, já que em MS a média aproximada por produtor é de 100 litros. “A valorização da produção é um incentivo muito forte, como a questão do frete, muitas vezes o caminhão que sai pra fazer a coleta chega praticamente vazio, muito caminho e pouca produção”, finaliza.

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