Muitas datas são amplamente divulgadas e sabemos o que representa. No contexto de datas de saúde, lembramos muito do setembro amarelo, outubro rosa e novembro azul. Esses que conscientizam sobre saúde mental, câncer de mama e câncer de próstata respectivamente. Este mês marca a campanha do ‘Maio Vermelho’, que conscientiza sobre o câncer de boca. Alguns fatores podem causar essa doença como os cigarros eletrônico e normal, uso exagerado de álcool e hábitos alimentares.
O médico oncologista do sistema Hapvida, Fabricio Colacino explicou sobre os perigos do uso do cigarro eletrônico em entrevista ao Giro Estadual de Notícias nesta segunda-feira (16). Ele destacou que esse novo vício que vem surgindo está relacionado à volta das pessoas à vida ‘normal’ depois da pandemia de coronavírus.
Fabricio ressaltou que os males do cigarro eletrônico são piores do que o normal. “O cigarro eletrônico causa além dos males do cigarro normal, acrescenta substâncias ligadas ao filamento metálico e a bateria”. Isso porque o funcionamento desse tipo de produto é com a bateria aquecendo o líquido que fica dentro do compartimento diferente do convencional que é por fogo.
Esse é um tipo de droga segundo o médico que invade a sociedade pela aparência de ser menos maléfico e pelo cheiro da fumaça ser mais agradável. Ele também cita o caso do narguilé, outro tipo de fumo, que traz os mesmos riscos em relação a um desenvolvimento do câncer de boca. “São drogas que conseguem se alastrar e difundir pela sociedade com muita facilidade pela característica de aparentar menos mal. Como se fosse um lobo em pele de cordeiro”.
Sobre o narguilé, os usos normalmente acontecem de forma coletiva, em grupos de amigos. “O narguilé acrescenta mais um perigo que é o compartilhar de saliva, secreção, vírus, bactéria. Além do mal individual, todos os venenos da inalação, ainda tem o compartilhamento. Eles podem levar a tuberculose, aspergilose e outros tipos de doenças no campo da infecção”.
O Brasil tem 15 mil casos de câncer de boca diagnosticados todos os anos. Segundo a Organização Mundial da Saúde, 90% desses casos estão ligados ao fumo e ao álcool. A incidência é maior em homens acima de 60 anos. O oncologista do sistema Hapvida cita que dois a cada três pacientes que ele atende e o câncer de boca é confirmado são homens. E em geral, chegam em um estado avançado.
“Tudo isso começa com uma ferida pequena, uma afta na mucosa oral, no lábio ou na língua. Isso geralmente é autolimitado, ou seja, de 10 a 15 dias é comum que melhore. Ao passar de 30 dias e a lesão não melhora, ela pode estar estável ou aumentando, é um sinal de alerta. Não significa que se trata de um câncer de boca, mas é um sinal de alerta”, explica.
As dicas para evitar o desenvolvimento do câncer de boca são fazer o uso com moderação de álcool e evitar fumar. Além disso, alimentação saudável e prática de exercícios físicos são recomendações deixadas pelo médico.
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