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POLÊMICA

Candidato Saulo Batista dá sua versão sobre tentativa de homicídio sofrida na Capital

27 setembro 2022 - 11h00 Por Da Redação

O empresário Saulo Batista da Silva, 40 anos, candidato a deputado federal pelo partido Republicanos, concedeu, nesta terça-feira (27), uma entrevista ao Giro Estadual de Notícias, do Grupo Feitosa de Comunicação, para dar sua versão da tentativa de homicídio praticada pela sua ex-amante Daisa Silva Garcia, 29 anos, no fim da manhã de segunda-feira (26) em um dos flats do Residencial Vertigo, no Bairro Jardim dos Estados, em Campo Grande (MS).

Segundo o candidato, é falsa a versão declarada dada por Daisa Garcia e sua advogada para a Polícia Civil e para a imprensa de Campo Grande. “Duas horas antes do fato, eu falei por telefone com o meu tesoureiro para retornar mais cedo para Campo Grande para que fossemos para Ponta Porã. O ex-presidente da Câmara de Vereadores de Ponta Porã, Rafael Modesto, estava no meu aguardo. De fato, eu tinha uma agenda em Ponta Porã, essa versão que eu teria inventado essa viagem para ela pensar que eu não estaria na minha casa e quando ela chegou foi surpreendida, é uma falácia”, garantiu.

Outra falácia, conforme Saulo Batista, é que Daisa Garcia teria sido agredida dentro do seu apartamento. “Quando a Daisa chegou ao meu apartamento, eu pedi para ela ir embora, não permiti a entrada dela e, neste momento, ela percebeu que tinha uma outra pessoa dentro do apartamento, foi quando ocorreram as primeiras agressões, os primeiros arranhões e mordidas. Eu tornei a pedir que se retirasse da minha casa e ela perguntou se eu tinha certeza de que era isso que queria. Eu respondi que sim e, novamente, a gente voltou a trocar mensagens pelo WhatsApp, onde falei para que ela seguisse a sua vida e ela respondeu somente com um ok”, relatou na entrevista.

No entanto, Saulo Batista revelou que Daisa Garcia retornou ao apartamento, mas, dessa vez, muito mais agressiva. “O bom da verdade é que ela não tem dificuldade de ser comprovada. Entre uma subida e outra ao meu apartamento, a Daisa usa o elevador, ficando claro que ela sobe, vai até o meu apartamento, depois ela usa o elevador novamente para sair, depois ela volta ao meu andar novamente e é aí que começam as agressões que terminam com o meu esfaqueamento. Ela entra no apartamento, começa a gritar, ameaça a moça que estava lá comigo e quebra vários objetos dentro do meu apartamento”, contou.

De acordo com o candidato, Daisa Garcia pegou uma faca e passou a ameaçar, primeiramente, a moça que estava com ele, e, ao tentar contê-la, foi esfaqueado. “Não posso deixar de lamentar e dizer como são irresponsáveis as falas e a versão que vem sendo construída pela advogada da Daisa, uma mulher que está aí corrompendo e banalizando instrumentos que devem ser usados para proteger as vidas das nossas mulheres. Veja bem, na versão fantasiosa que a advogada da Daisa apresenta, nós dois, eu e a pessoa que estava no apartamento, teríamos agredido a Daisa e ela apenas reagido. Eu estou com ambos os braços esfaqueados, tenho ferimentos no tórax de facadas, de arranhões e de mordidas”, mostrou.


Mais arranhões no rosto do candidato a deputado federal

Saulo Batista citou que também tem cicatrizes antigas, que mostram arranhões que ela já tinha feito, o que corrobora que Daisa Garcia seria uma pessoa agressiva. “O meu tesoureiro já testemunhou agressões feitas por ela contra a minha pessoa. De um lado eu tenho os fatos, do outro eu tenho que a Daisa, que supostamente tinha sido agredida, terá no seu exame de corpo delito que ela não tem nenhuma marca de um tapa ou de um soco sequer. Ela esteve perto suficiente de mim para me desferir mordidas e, portanto, caso fosse minha intenção, poderia tê-la agredido também, porém, ela não tem marca nenhuma. É essa mulher que estava sendo agredida?”, questionou.

Segundo o empresário, quando a advogada dela faz uma versão tão mentirosa e tão fantasiosa como a que estão sendo dada para a mídia está ofendendo a inteligência, não apenas da opinião pública, a quem ela quis atingir com as entrevistas que deu para a imprensa, mas também do aparato policial e, futuramente, o Ministério Público e o Judiciário. “Ela pensa que todos nós temos 12 anos de idade, sinceramente. Se ela afirma que a cliente dela é uma vítima de agressão, que a Daisa teve de reagir, onde estão as marcas dessa agressão? A Daisa compareceu ontem (26/09) à Delegacia da Polícia Civil e as únicas marcas que ela tem de machucado são nos pulsos, o que é natural, pois são os locais onde você segura e aperta para desarmar alguém que está portando uma faca ou evitar arranhões como os que ela deu no meu corpo todo”, garantiu.

Saulo Batista reforçou que é uma pessoa pública, candidato a deputado federal e espero obter uma cadeira na Câmara Federal para representar o povo de Mato Grosso do Sul. “Como pessoa pública, me coloco à disposição para rebater todas as acusações, principalmente, uma acusação com tanta gravidade que envolve violência contra a mulher. A minha esposa não é uma pessoa pública, o meu filho de 6 anos de idade não é uma pessoa pública, o meu filho de 12 anos de idade não é uma pessoa pública, portanto, me reservo o direito de que essas questões que dizem respeito ao meu relacionamento familiar sejam tratadas no âmbito da minha família e da minha casa”, ressaltou.

Sobre a candidatura a deputado federal, ele destacou que se trata de uma candidatura fruto da sua história, do seu trabalho e das suas propostas. “A minha candidatura é marcada pela coragem, a coragem inclusive de enfrentar essas pessoas, como a advogada da Daisa e a própria Daisa, que apresentaram essa versão caluniosa para me constranger politicamente, ou sei lá por qual intenção, criando uma versão mentirosa para inverter a situação. O que mais me decepciona é ver que, até certo ponto, isso deu certo”, lamentou.

O candidato questionou que, se amanhã ele comparecer diante do delegado e tiver apenas uma versão, sem nenhum machucado, sem nenhuma marca de violência, apenas a sua versão de que teria sido atacado primeiro e fosse ela quem estivesse com marcas de violência no rosto, nos braços, no tórax, arranhões de unha e esfaqueado, estaria solto e dando entrevistas para a imprensa. “Se fosse ao contrário, eu teria saído sem fiança? O que me decepciona é que essa estratégia que deturpa instrumentos que são importantíssimos no combate à violência contra a mulher e ao feminicídio sejam utilizados dessa forma. É decepcionante duas mulheres, a agressora e sua advogada, corrompendo esses instrumentos e fazendo mau uso deles para poder simplesmente fazer com que uma pessoa que desferiu golpes de faca contra a outra saia impune”, ressaltou.

Para ele, o que aconteceu foi uma tentativa de homicídio, uma ação pública incondicionada e não depende dele entrar com uma representação ou qualquer ação na Justiça contra Daisa Garcia. “Cabe ao Ministério Público levar Daisa ao banco dos réus, que é o local de quem atenta contra a vida de outra pessoa. Sobre processar por calúnia, penso que é um passo para se pensar mais adiante, entendo que essa questão cível, será pensada mais adiante”, afirmou.

Saulo Batista lembra que está a cinco dias de uma eleição e ficou claro que nas declarações à imprensa que partiram do lado da agressora e de sua advogada há um interesse político em desgastar a sua candidatura. “Tendo em vista que as pesquisas mostram que estou entre os favoritos para ser eleito, não descarto que elas querem me prejudicar. Ou, simplesmente, elas deram essas declarações para a autopromoção da advogada. O fato é que neste momento tenho que focar na campanha e tenho plena confiança que a Polícia Civil e o Ministério Público vão atuar e vão apurar devidamente esse caso”, avaliou.

A respeito do posicionamento do Republicanos, o candidato disse que ainda não teve a oportunidade de conversar com o presidente estadual Wilton Acosta. “Quero inclusive agradecê-lo pela ligação que me fez e ainda não tinha conhecimento dos fatos, falando com o meu assessor, pois eu estava recebendo atendimento médico. Quero agradecer a postura do presidente do partido por ter ligado para se inteirar dos fatos, porque eu entendo que nessa hora que vem essa turbulência da mídia, principalmente devido a essa versão fantasiosa da agressora, ele poderia cair na tentação fácil de se deixar levar por isso. Portanto, agradeço a postura dele, de ter procurado entrar em contato para elucidar os fatos”, pontuou.

Na avaliação do empresário, esse incidente reforça ainda mais a sua convicção de que é preciso conciliar a necessidade do aperfeiçoamento e fortalecimento dos órgãos e mecanismos de proteção à mulher, de combate à violência contra a mulher e ao feminicídio, ou a necessidade de blindar as instituições contra esse tipo de mau uso. “Não é possível que a gente tenha esse tipo de situação em que a mulher possa desferir três golpes de faca, três que acertaram, outros eu consegui me esquivar, e apelar para o discurso mais covarde e que mais mata mulheres, que é o de que peguei ele com outra”, ponderou.

Segundo Saulo Batista, a própria Daisa Garcia falou em seu depoimento que não tinha mais qualquer relacionamento com ele, portanto, ela não tinha o direito de estar fiscalizando ou cobrando qualquer coisa da vida dele. “O que a advogada dela faz, de forma covarde, porque apela para o discurso que é justamente o maior responsável pelos feminicídios, por trás da imensa maioria dos 33 casos de feminicídio em Mato Grosso do Sul e pelos demais casos de feminicídio por todo o Brasil, sempre tem a versão dada pelo assassino de quê cometeu o crime porque eu peguei ela com outro. Portanto, quando a advogada apela para esse discurso, que primeiramente é mentiroso, comete uma irresponsabilidade com a luta pelos direitos das mulheres de obter proteção contra a violência doméstica”, comparou.


O candidato a deputado federal, Saulo Batista (Republicanos), de 40 anos, esfaqueado na tarde desta segunda-feira (26).

Para o empresário, esse discurso que busca legitimar uma agressão, um esfaqueamento com a tese de que eu fiz porque peguei ele com outra, é uma inversão dos fatos. “A minha caminhada é marcada pelo signo da coragem, a coragem de fazer uma candidatura que não depende dos grandes caciques, não depende de oligarquias ou das famílias tradicionais de Mato Grosso do Sul. É uma candidatura filha das minhas ideias e da minha história, portanto, é com esse mesmo espírito de coragem que nós caminhamos até aqui e que nós vamos enfrentar essas mentiras que estão sendo construídas e que visam tão somente a promoção de alguns e a autopromoção daqueles que estão aí se servindo da mídia para propagar seu nome e livrar uma pessoa, que agrediu e esfaqueou outra, da devida responsabilidade, usando um discurso covarde e que no fim das contas é o mesmo discurso de quem já vitimou aqui em Mato Grosso do Sul 33 de nossas irmãs”, afirmou.

Saulo Batista acrescentou que esse discurso acaba fortalecendo a concepção que no fim das contas vitima as mulheres. “Nós temos compromisso sim com o combate à violência doméstica e ao feminicídio. Nós defendemos políticas de fortalecimento do bom trabalho que as delegacias da mulher já fazem com a criação de Promotorias e Varas de Justiça especializadas no combate à violência contra as mulheres em todas as regiões de Mato Grosso do Sul. Nós trabalhamos pela construção de um programa estadual de monitoramento eletrônico de agressores para que toda vez que for decretada uma medida protetiva baseada em violência física esse agressor seja monitorado eletronicamente para que assim possamos garantir a segurança de nossas mulheres”, assegurou.

Conforme ele, o que não se pode permitir é que pessoas mal intencionadas façam o mau uso desses mecanismos para livrar da responsabilidade alguém que foi lá e desferiu golpes de faca contra uma pessoa com quem já tenha vivido e sequer tinha mais um relacionamento. “Não podemos nos deixar capturar por essas mentiras e nem por essa pauta, pude contar com cada um de vocês até agora e vou precisar contar cada vez mais neste momento decisivo. Talvez tenha de passar por uma cirurgia no braço, o que fará com que tenha de interromper outros eventos de campanha e principalmente viagens e, nessa hora, preciso contar com a ajuda de cada um de vocês para que sejam os meus braços neste momento em que os meus braços estão machucados. Que neste momento que não vou poder viajar para os quatro cantos do Estado, que vocês sejam a minha voz para levar a mensagem de renovação política. Que vocês possam me ajudar a conquistar essa vitória no dia 2 de outubro, independentemente daqueles que estão se servindo desse episódio para minar a minha candidatura”, finalizou.

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