Grupo Feitosa de Comunicação
(67) 99974-5440
(67) 3317-7890
17 de dezembro de 2025 - 03h59
sesi
SAÚDE

Câncer de pele é o mais comum e o mais ignorado, alerta oncologista no Dezembro Laranja

16 dezembro 2025 - 11h20 Por Da Redação

O câncer de pele é o tipo de tumor mais frequente no Brasil e no mundo, mas segue sendo um dos mais negligenciados pela população. O alerta foi feito pela médica oncologista Giovanna Ricarte, da Hapvida, durante entrevista concedida nesta terça-feira (16) ao Giro Estadual de Notícias, em meio às ações do Dezembro Laranja, mês dedicado à conscientização, prevenção e diagnóstico precoce da doença.

“Quando falamos em câncer de mama ou de próstata, o assunto ganha muito destaque. Mas o câncer de pele, apesar de ser o mais comum em homens e mulheres, ainda recebe pouca atenção”, destacou a oncologista. Segundo ela, esse descuido está diretamente ligado ao comportamento de risco, principalmente à exposição solar sem proteção.

O que é o câncer de pele e como identificar os sinais - A médica explicou que o câncer de pele surge a partir da multiplicação desordenada de células da pele, geralmente estimulada pelos danos causados pela radiação ultravioleta. “A pele é o maior órgão do corpo humano e, justamente por isso, está mais exposta às agressões externas”, afirmou.

O diagnóstico começa, muitas vezes, pelo próprio paciente. “O autoexame é fundamental. Pintas que crescem, mudam de cor, apresentam bordas irregulares ou sangram são sinais de alerta”, explicou Giovanna. Lesões que se parecem com verrugas ásperas, feridas que não cicatrizam ou nódulos brilhantes também merecem atenção médica.

Embora as áreas mais expostas ao sol, como rosto, braços e colo, concentrem a maioria dos casos, a oncologista reforçou que o câncer de pele pode surgir em qualquer parte do corpo. “Pode aparecer nas costas, na planta dos pés, na palma das mãos e até nos lábios”, alertou.

Um dos pontos centrais da entrevista foi o esclarecimento de que não apenas quem trabalha exposto ao sol diariamente está em risco. “A exposição esporádica também é perigosa. Aquela pessoa que só toma sol nas férias ou em poucos fins de semana do ano corre riscos iguais ou até maiores”, afirmou.

Entre os principais fatores de risco estão pele clara, olhos claros, cabelos loiros ou ruivos, presença de sardas, múltiplas pintas e histórico familiar da doença. “Ter um parente de primeiro grau com câncer de pele aumenta, sim, a chance de desenvolver a doença”, explicou.

Segundo a médica, o diagnóstico começa, muitas vezes, pelo próprio paciente

Tipos de câncer de pele e chances de cura - A oncologista explicou que o câncer de pele é dividido em dois grandes grupos: melanoma e não melanoma. “Cerca de 90% dos casos são não melanoma, como o carcinoma basocelular e o espinocelular, que são menos agressivos e têm excelente prognóstico quando tratados precocemente”, detalhou.

O melanoma, por outro lado, é mais raro e agressivo. “É aquela mancha mais escura, com bordas irregulares, que pode se espalhar pelo corpo. Por isso, quanto mais cedo o diagnóstico, maiores as chances de cura”, afirmou.

Segundo Giovanna Ricarte, quando o câncer de pele é diagnosticado precocemente, as chances de cura ultrapassam 90%. “O grande desafio é fazer com que as pessoas procurem atendimento antes da doença avançar”, reforçou.

Durante a entrevista, a médica foi enfática ao falar sobre prevenção. “Protetor solar não é luxo, é necessidade diária”, afirmou. A recomendação é utilizar fator de proteção 50 para peles claras e, no mínimo, 30 para os demais tons de pele, com reaplicação a cada duas horas.

Além do protetor solar, acessórios como chapéus, óculos com proteção UV, roupas de manga longa e protetor labial são aliados importantes. “O câncer de pele pode atingir os lábios, e isso ainda é pouco falado”, alertou.

Segundo Giovanna Ricarte, quando o câncer de pele é diagnosticado precocemente, as chances de cura ultrapassam 90%

Outro ponto destacado foi o chamado “mormaço”. “Mesmo dentro de casa, especialmente em cidades quentes como Campo Grande, a radiação atinge a pele. Por isso, o protetor deve ser usado todos os dias”, explicou.

Crianças, idosos e acompanhamento médico - Os cuidados devem ser redobrados com crianças e idosos. “O protetor solar só pode ser usado após os seis meses de vida. Antes disso, a proteção deve ser feita com roupas, sombra e evitando os horários de pico”, orientou.

Já para adultos e idosos, a recomendação é consultar um dermatologista pelo menos uma vez ao ano. “Quem já teve câncer de pele pode precisar de acompanhamento a cada três ou seis meses”, completou. “O Dezembro Laranja existe porque é o início do verão, período de férias e de maior exposição ao sol. Aproveitar o lazer não pode significar descuidar da saúde”, afirmou.

Sintonize o Giro Estadual de Notícias, segunda a sexta, das 07h30 às 08h30, pelo acritica.net e para as seguintes rádios de MS:

RÁDIO MARABÁ FM 93,9 – MARACAJU
RÁDIO BAND FM 100,9 - FÁTIMA DO SUL E REGIÃO DE DOURADOS
RÁDIO MONTANA FM 89,9 - INOCÊNCIA E REGIÃO DO BOLSÃO
RÁDIO SERRA FM 106,5 - RIO VERDE DE MT
RÁDIO SERRANA FM 91,3 – NIOAQUE
RÁDIO BAND FM 88,5 – PARANHOS