A campanha "Guardiões da Casa de Helena", promovida pela Associação Pestalozzi de Campo Grande, busca mobilizar a sociedade para ajudar na manutenção de um espaço que acolhe e transforma a vida de crianças vítimas de violência e abandono em Mato Grosso do Sul. A diretora-presidente da associação, Gyselle Tannous, explica ao Giro Estadual de Notícias desta terça-feira (5) que a iniciativa irá angariar recursos para sustentar o trabalho realizado na casa, onde crianças de 0 a 12 anos recebem cuidados essenciais para sua recuperação física e emocional.
“Essas crianças chegam até nós com traumas profundos e, muitas vezes, em condições de saúde precárias. Algumas nunca foram vacinadas e estão subnutridas, com sinais visíveis de violência. Atuamente estamos com 11 crianças, mas a estrutura comporta até 15. Infelizmente, devido aos altos custos, não conseguimos atender mais crianças, mesmo com a alta demanda", revela.
O ambiente da Casa de Helena é estruturado para oferecer uma rotina segura e estável, com atividades que vão desde a escolarização até o acompanhamento psicológico e nutricional. “Temos uma equipe completa, incluindo psicóloga, assistentes sociais, fisioterapeuta e nutricionista, que atuam para garantir que essas crianças tenham um suporte integral. No entanto, manter esse padrão de qualidade é custoso: o abrigo gasta cerca de R$130 mil mensais, dos quais apenas R$27 mil são repassados pelo poder público", destaca.
A diretora-presidente da Associação Pestalozzi de Campo Grande, Gyselle Tannous
As histórias de vida das crianças que chegam ao abrigo são marcadas por violência e abandono, muitas vezes agravados pela dependência química ou extrema pobreza dos pais. A diretora lembra casos de crianças encontradas trancadas e sem alimentação por dias, sendo resgatadas pela Vara da Infância em situações de risco extremo. “Essas crianças estão em nosso abrigo porque já perderam praticamente tudo, inclusive a chance de uma infância normal em suas famílias de origem”, diz.
Ao longo do processo de acolhimento, os resultados são significativos: “Em poucos meses, vemos mudanças. Elas voltam a sorrir, a se sentir seguras e começam a redescobrir a alegria de ser criança”, relata Gyselle. Na Casa de Helena, recebem alimentação adequada, cuidados médicos e carinho. “Aqui, elas encontram o que não tinham: um lar com estrutura, amor e uma equipe dedicada”, completa.
A campanha "Guardiões da Casa de Helena" irá garantir que mais pessoas possam se tornar apoiadoras da causa. Contribuições mensais de valores acessíveis, como R$20 ou R$30, podem fazer grande diferença. "Se cada pessoa doar o valor de um lanche por mês, teremos um impacto enorme no desenvolvimento dessas crianças", incentiva Gyselle. Para ela, o envolvimento da sociedade é fundamental: “Quem apoia a Casa de Helena torna-se um verdadeiro guardião dessas crianças, assumindo, de certa forma, o papel de família”.
Gyselle reforça que, para aqueles que não puderem doar dinheiro, é possível contribuir com alimentos e produtos que ajudem na rotina do abrigo. Alimentos como leite, carne, ovos e frutas são bem-vindos e garantem a nutrição adequada das crianças. "Toda ajuda é muito bem-vinda e aproveitada. O que recebemos é utilizado para promover a saúde e o bem-estar das crianças", explica.
Para participar da campanha, basta acessar o site da Pestalozzi em www.pestalozzicg.org.br. Na página, a seção “Guardiões da Casa de Helena” oferece informações sobre como fazer parte do grupo de apoiadores e contribuir para o bem-estar e o futuro dessas crianças que, por meio desse projeto, encontram uma nova chance de viver com dignidade.
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