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SAÚDE

Boa formação dos médicos e capacitação são as maiores preocupações hoje na AMMS

9 dezembro 2019 - 11h24 Por Rosana Siqueira

"Grande preocupação hoje e a  finalidade da Associação Médica de Mato Grosso do Sul é a boa formação do médico. São situações que não dá pra substituir. Um médico bem formado do ponto de vista técnico, humanitário, ele vai fazer melhor o atendimento à população". A frase é da neuropediatra Maria José Martins Maldonado, presidente da Associação Médica de MS, que esteve nesta segunda-feira (9) participando do programa Giro Estadual de Notícias. Segundo ela a entrada de um grande volume de médicos no mercado com formação duvidosa preocupa a associação, que prima pela qualidade do serviço prestado pelos profissionais.

Neuropediatra e presidente da Associação Médica de MS, Maria José Martins Maldonado

Ela questiona, por exemplo, a formação de alunos que cursam faculdade de medicina no Paraguai e Bolívia. "Eles não passam por nenhuma formação. Basta chegar lá um dia cedinho, fazer a fila pagar R$ 700 e via de regra quem não passou no Brasil no vestibular acaba buscando estes cursos", destacou ela lembrando que no Brasil, o Enem e os vestibulares são funis selecionadores. 

"Faculdade de Medicina é muito difícil. Não apenas para passar, mas para conseguir formar. Tem vários que ficam no caminho. Além da faculdade tem a residência médica que é uma outra etapa, outra capacitação. Não temos residência medica para todo mundo. Temos menos de metade das vagas para nossos médicos de residência médica. Então você vê que realmente é um funil. Aquilo vai afinando e você vai tendo seleção. Os médicos precisam ter um grande conhecimento, tem que se capacitar e é isso que fazemos na associação médica", acrescentou.

Um dos pilares da AMMS é a educação continuada, afirma a presidente."Nos envolvemos com a graduação, na questão curricular, na residência médica, nas diretrizes os protocolos que serão aplicados nas condutas dos pacientes. Ou seja nos preocupamos com a boa medicina", alega a neuropediatra.

Maria José destaca ainda que boa parte destes profissionais acabam no Sistema Único de Saúde (SUS). "Sabemos que muitos pacientes podem não ter conforto no SUS, mas tem que ter qualidade no atendimento médico. O seu limite da vida ou da morte sua evolução passa por um bom profissional não tem jeito e também isso é uma luta constante e preocupação nos últimos anos", finalizou.

A presidente da Associação Médica ainda destacou o programa Médicos pelo Brasil, Revalida e outros assuntos relacionados à profissão.

Confira a entrevista completa no player.