O bioma Pantanal vive uma situação crítica com maiores intensidades desde o ano de 2020 por conta do desmatamento e incêndios. O cenário para 2022 é ‘mais tranquilo' do que o vivido há dois anos. A preocupação deste ano é o ciclo de cheias e secas que não se cumpriu como o esperado, em especial, no Pantanal Sul. O Rio Abobral, localizado no município de Corumbá, secou. O biólogo e diretor de Comunicação do Instituto SOS Pantanal, Gustavo Figueirôa, explicou a situação deste ano e as ações de prevenção.
O biólogo informa que o Pantanal Norte (em Mato Grosso) teve o período de cheia neste ano. “Teve cheia no Pantanal Norte e um pouco da água desceu para algumas regiões”. Na região Sul, permaneceu a terra seca. Aculumado com os períodos anteriores, o Pantanal está mais seco agora e com muita matéria para ser consumida em caso de incêndio.
Figueirôa ressalta que colegas que trabalham no local há várias décadas nunca tinham visto o Rio Abobral secar do modo que ocorreu em 2022. “O Rio Abobral na região de Corumbá, por exemplo, secou. Tem pesquisadores que trabalham há 40 anos e nunca tinham visto essa situação”.
O Pantanal é formado por 11 microrregiões, uma delas envolve o Rio Abobral e corresponde a uma área de 2.833 km². Essa é a menor divisão do Pantanal e com a altitude mais baixa, de apenas 90 metros. O Abobral é um afluente à margem esquerda do Rio Paraguai e pode chegar a secar, apesar de não ser algo comum. Na época das cheias, ganha volume e alaga toda a região praticamente.
Região do Abobral em laranja
O diretor do SOS Pantanal pede para que as pessoas não façam fogo nesta época. Vale ressaltar que até o dia 30 de outubro deste ano, o uso de fogo para limpeza e manejo de alguma área está proibido em MS. “Não façam fogo nesta época proibitiva, muitos desses incêndios começam de uma forma não intencional. Agora não é época de fazer fogo, qualquer chama que começa pode se espalhar facilmente e virar um incêndio florestal”.
Figueirôa cita que as capacitações de combate ao fogo no Pantanal não param. A maior estratégia, segundo o diretor, é a prevenção dos focos de incêndio. “É mais barato e muito efetivo, além de economizar vidas humanas e de animais que não têm preço”.
No auge das queimadas no Pantanal em 2020, o SOS Pantanal estruturou o programa Brigadas Pantaneiras para formar brigadistas. Até o momento, eles ajudaram na formação de 24 brigadas espalhadas pelo Pantanal Sul e Norte, que atuam constantemente.
Para conhecer mais sobre o Instituto SOS Pantanal, entre no site www.sospantanal.org.br/ ou confira no Twitter e Instagram a @sospantanal.
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