Ao passar por bares e restaurantes de Campo Grande, nem parece que o setor esteve em apuros há cerca de dois anos devido o fantasma da pandemia da Covid-19. Hoje, com os jogos da Copa do Mundo e festividades de fim de ano, é possível notar que as empresas conseguiram retomar o fluxo, acima até da média registrada no ano passado. As informações foram confirmadas nesta manhã (27) pelo presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Mato Grosso do Sul (Abrasel/MS), Juliano Wertheimer, em entrevista ao Giro Estadual de Notícias.
“2022 foi um ano muito positivo para bares e restaurantes. Eles conseguiram ter um movimento bem favorável e praticamente todos faturaram acima que o mesmo período do ano passado, exceto no período das eleições, mas fora isso foi um bom ano. Era uma promessa que se concretizou, e a Copa estimulou esse retorno do público nos bares. MS sentiu positivamente esse fim de ano”, explica.
A entrevista foi concedida ao Giro Estadual de Notícias
Um levantamento da Abrasel com 1.709 respostas de empresários do setor em todo o País que quase metade (45%) tinham a intenção de contratar funcionários neste fim do ano – sendo que 25% revelaram já ter aumentado o quadro de funcionários em setembro. Segundo Wertheimer, um dos maiores desafios do setor é contratação de mão de obra.
“Um dos maiores desafios para 2023 é a mão de obra. Você não tem mais essas pessoas a disposição, já que durante a pandemia muitas mudaram de ramo, voltaram para suas cidades e com isso temos uma grande escassez no mercado de trabalho. Estamos tendo dificuldades de buscar esses jovens neste ano, mas acredito que em 2023, teremos essa situação acentuada”, detalha.
O presidente da entidade reforça que para reverter essa realidade, cursos de capacitações em parceria com outras entidades são fundamentais. “O que a Abrasel tem feito é em parceria com o Senac, qualificar jovens com poucas experiências, por que os restaurantes se tornam uma escola, já que as pessoas entram sem conhecimento e vão aprendendo dentro do negócio. O mais provável é que a gente evolua os nossos funcionários dentro da empresa – o ajudante faz um curso de cozinha no Senac -, se torna cozinheiro, e abre uma vaga de base para um novo ajudante”, reforça.
Juliano Wertheimer é o presidente da Abrasel/MS
Com esse novo momento político no País, Wertheimer explica que a Abrasel é uma associação apartidária, sempre buscando debater para trazer resoluções para a categoria. “Nós sempre negociamos com quem está no governo. Eu sempre digo que decide quem está na mesa e não está ‘batendo panela’. Nossa posição é moderada, de dialogo, e governo bom é quem atende o setor. Se por acaso você entra em uma fase em que o prefeito, governador ou presidente que não atenda o setor, em quatro anos isso passa e o setor vai sobrevivendo e conversando com quem atende. Nossa expectativa em MS é muito positiva com o governo eleito de Eduardo Riedel”, salienta.
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