Peças que antes seriam descartadas nas operações florestais da MS Florestal hoje ganham novo significado nas mãos de mulheres artesãs de Bataguassu, a 330 km de Campo Grande. O projeto "Costura Sustentável", desenvolvido em parceria com Sebrae, Prefeitura Municipal e o eixo social da empresa, tem proporcionado capacitação, autonomia financeira e valorização do trabalho feminino por meio da reutilização de resíduos industriais.
Uniformes antigos e embalagens industriais conhecidas como big bags, que antes iriam para o descarte, agora viram bolsas, sacolas e acessórios. Parte do resultado pode ser visto na exposição "Costura Sustentável", em exibição no Bioparque Pantanal, em Campo Grande, até 7 de junho, e posteriormente em Três Lagoas, de 10 a 15 de junho.
A coordenadora de Responsabilidade Social da MS Florestal, Michelle Oliveira, explica que a atuação social da empresa começou em 2023, com diagnóstico de oportunidades nas comunidades onde atua. Em Bataguassu, a ideia de transformar resíduos em produtos surgiu com o objetivo de gerar renda e estimular o empreendedorismo local. “Queríamos promover desenvolvimento e vimos uma chance de unir sustentabilidade e inclusão produtiva”, diz Michelle em entrevista ao Giro Estadual de Notícias desta quinta-feira (5)
Desde então, mais de 3 mil peças foram confeccionadas com materiais doados pela empresa. Os produtos recebem acabamento profissional, com apoio de um designer, e contam com modelos variados — desde sacolas utilitárias até bolsas de praia. “Cada peça leva em média 30 minutos para ser feita”, conta.
Associação formada a partir do projeto - Com o avanço da iniciativa, nasceu também a Associação Ipê Rosa, grupo que reúne mulheres com diferentes histórias, idades e motivações. Há desde mães solo até mulheres acima de 60 anos que retomaram o ofício da costura ou aprenderam do zero, unidas por um desejo comum: melhorar a qualidade de vida.
“Algumas já eram artesãs, outras nem sabiam costurar. Umas ensinaram, outras aprenderam. Trabalhamos também o lado emocional, para fortalecer a autoestima e a confiança”, relata Michelle.
A associação surgiu como uma necessidade para viabilizar a comercialização das peças em escala. Agora, com estrutura formalizada, elas passam a atuar como um empreendimento de impacto social. Os preços dos produtos variam entre R$ 48 e R$ 150.
A sustentabilidade é um dos pilares da ação. Parte dos resíduos gerados nas operações da MS Florestal continua sendo destinada a associações de catadores, mas uma fração relevante é reservada para o projeto. “É uma quantidade considerável. Ainda trabalhamos com uma parcela pequena do total, o que mostra o potencial de crescimento”, aponta Michelle.
Além de reaproveitar materiais que iriam para o lixo, a proposta envolve todos os elementos da chamada economia circular: reutilização, capacitação, geração de renda e redução de impactos ambientais.
Para dar visibilidade à produção e ao impacto do projeto, as peças estão sendo expostas ao público. Em Campo Grande, a mostra ocorre até o dia 7 de junho, no Parque Pantanal. No Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho, a programação inclui atividades especiais no local. Depois, a exposição será levada para o Shopping de Três Lagoas, onde ficará disponível entre os dias 10 e 15 de junho.
Michelle destaca que o convite está aberto à população. “É uma chance de conhecer de perto uma produção que une cuidado com o planeta, empoderamento feminino e economia solidária.”
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