Mineiro de Córrego Danta, Geraldo Pereira Resende foi um dos personagens mais importantes no Governo Estadual nos últimos anos. Ele assumiu o cargo de secretário de Saúde em 2019 e liderou Mato Grosso do Sul no enfrentamento da pandemia de covid-19, que começou em março de 2020. O trabalho na Secretaria de Estado de Saúde foi reconhecido pela população, que o chama de ‘Homem da Vacina’.
O convite para ser o secretário de Saúde da segunda gestão do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) veio para reconhecer o longo trabalho como médico obstetra. Resende que veio para Dourados com a família ainda na juventude, assim como todo o mundo, não esperava uma pandemia durante sua gestão.
O médico relembrou: “Ninguém pensaria que, ao aceitar um convite formulado pelo governador Reinaldo Azambuja, viria uma tragédia para acometer nosso caminho”. Mesmo com o novo desafio, Mato Grosso do Sul rapidamente se tornou referência na gestão da pandemia ao adotar medidas como distanciamento social, uso obrigatório de máscaras, toque de recolher e mantendo somente as atividades consideradas essenciais em funcionamento. “Fizemos com que Mato Grosso do Sul fosse referência no enfrentamento dessa doença a nível do país”.
O ex-secretário Geraldo Resende
Ele ressalta que todas as medidas, sejam as farmacológicas ou as que não envolviam medicamentos (como uso de máscaras) tiveram por base a ciência. Como médico, o juramento feito por Resende é preservar as vidas. “Eu fui treinado como médico para evitar que as pessoas morram. Como gestor, nós cumprimos esse papel. A ciência nos orientou para tomar as medida”.
Redende criticou a postura do Governo Federal e do Ministério da Saúde diante do crescimento dos números da covid-19. “Infelizmente o que aconteceu no Brasil fez com que tivéssemos atrasos em medidas que certamente poderiam ter evitado mortes em grande quantidade no país”. Apesar disso, ele lembrou com alegria das vezes que chegava em casa e seu filho Tomaz, hoje com 9 anos, comemorava ‘como um gol’ Mato Grosso do Sul nos primeiros lugares nas estatísticas de vacinação.
“A pandemia fez com que alguns processos fossem retardados, mas nós avançamos em muitos”. - Geraldo Resende
Além da gestão da pandemia, Resende teve papel fundamental na regionalização da saúde no Estado. Ele destaca que antes de sua gestão, cerca de 50% dos atendimentos de alta complexidade como hemodiálises, tomografias e quimioterapias eram feitos nas duas principais cidades do Estado, Campo Grande e Dourados. Hoje, esses municípios concentram somente 10%, segundo o ex-secretário.
Com todo o trabalho, Resende diz que é recebido com muitas boas energias quando sai pelas ruas das cidades de MS. Ele foi vereador de Dourados, deputado estadual e deputado federal. Neste ano eleitoral, o médico é pré-candidato a deputado federal pelo PSDB. “Eu sinto um calor humano espetacular e um reconhecimento do nosso trabalho e certamente isso facilita a vida na pré-campanha”.
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