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VIGILÂNCIA SANITÁRIA

Após confirmação do 1º caso de gripe aviária, Iagro reforça vigilância no Estado

29 setembro 2023 - 11h50 Por Thaís Matos

Diante da confirmação do primeiro caso de gripe aviária (H5N1) registrado em uma criação de aves domésticas de subsistências em Bonito (MS), a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) montou medidas de vigilância sanitárias rigorosas na região. Para falar sobre esse e outros assuntos, o Giro Estadual de Notícias recebeu o engenheiro agrônomo e diretor-presidente da Iagro, Daniel Ingold. 

Conforme Ingold, a influenza era restrita ao hemisfério norte. “Desde o fim do ano passado começamos a ter casos no hemisfério sul. Em janeiro tivemos um caso na Bolívia e isso acendeu o alerta”, afirmou o diretor-presidente.

A doença é transmitida através da ave migratória. “Quando a ave migratória está voando ou retornando, ela para em determinados locais e quem tem o contato e pode se aproximar são as aves silvestres e as aves domésticas,como as galinhas de terreiro ou de quintal”, detalhou. 

Primeiro caso em MS - O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou, em 18/09, um foco de gripe aviária (IAAP – H5N1) em uma criação de aves domésticas de subsistência na cidade de Bonito, Mato Grosso do Sul. “Nós tivemos um caso de mortalidade nessa fazenda, onde ressaltamos a postura proativa do produtor, que chamou a Iagro. Estivemos lá para realizar os exames e encaminhar para o laboratório, que fica em Campinas (SP)”, afirmou. 

Engenheiro agrônomo e diretor-presidente da Iagro, Daniel IngoldGiro Estadual de Notícias recebeu o engenheiro agrônomo e diretor-presidente da Iagro, Daniel Ingold

Automaticamente, após a confirmação a Iagro designou uma equipe de emergência para realizar as medidas sanitárias no local. “No local, as aves foram sacrificadas. Depois temos um raio de 3km, que chamamos de perifoco, onde há uma vigilância extrema para saber se o vírus circulou”, detalhou o profissional. 

Daniel também ressaltou que a rápida ação dos agentes foi primordial para encerrar o foco. “A capacidade de reação da Iagro é muito positiva, o envolvimento e competência para eliminar esse foco”. Já o lado negativo, segundo o presidente, é o impacto econômico para o estado. “O Japão automaticamente suspende as importações. É o protocolo, se há uma suspeita pode ter uma repercussão muito grande e negativa”, pontuou. 

Apesar do alerta, o diretor-presidente afirma que trata-se de um caso isolado. “Nós vamos trabalhar para controlar e agir com tranquilidade e competência”. 

Medidas preventivas - O profissional recomenda sempre entrar em contato com a Iagro. “O proprietário é o primeiro a cuidar dos seus animais, ele que vai confiar na Iagro para que a gente trate do assunto de uma forma profissional. Nos procure, nós temos a expertise para lidar com a situação da forma mais segura possivel”. 

Outro ponto debatido com o diretor-presidente da Iagro, foi o grande número de mortes de bovinos, ocorridas em julho deste ano. “Teve uma inversão térmica e tivemos uma mortalidade expressiva. Nós temos observado o extremo frio e depois extremo calor, é muito difícil se adaptar a isso”.  

Já para o setor florestal no Estado, Ingold ressaltou pontos importantes. “Mato Grosso do Sul tem 1 milhão e 800 mil km de eucalipto. Também há pragas nessas árvores, precisamos fazer a pulverização e controle dessas situações”. 

Ele também ressaltou que houve um aumento na equipe de engenheiros agrônomos para atender o setor florestal. “A Iagro também tem que se adaptar ao novo momento, precisamos sempre estar a frente, nos tecnificando, utilizando as tecnologias também ao nosso favor”. 

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