Na primeira semana de 2022 o Ministério da Agricultura divulgou a lista dos 100 municípios brasileiros mais ricos do agronegócio. Maracaju foi apontada como a cidade mais rica do Estado e a oitava do País. Outras 13 cidades de Mato Grosso do Sul estavam na lista.
Para conversar mais sobre este assunto o Giro Estadual de Notícias entrevistou nesta quarta-feira (12) o diretor-executivo da Fundação MS, Alex Marcel Melotto.
Alex conta que a Fundação MS já havia notado o desenvolvimento acelerado do Estado no setor agrícola. “Eu costumo dizer que Mato Grosso do Sul é o celeiro da expansão agrícola do Brasil. Nós temos grandes extensões de áreas que podem dar lugar a um sistema agrícola de soja, milho e agropecuária em integração. Segundo dados da Aprosoja, observamos que o Estado cresceu em média 10% ao ano nos últimos 10 anos, o que faz nossos municípios terem altos PIB´s como indica a pesquisa do Ministério", afirma.
Dos 14 municípios citados no relatório das 100 cidades brasileiras mais ricas do agronegócio, 10 possuem unidades de pesquisa da Fundação MS. “A fundação foi até esses municípios a pedido dos produtores e isso demonstra o grande empreendedorismo do homem do campo. Ele se preocupou com a inovação e o desenvolvimento do seu negócio e nos procurou. Nosso trabalho agora é gerar informações que auxiliem este produtor a tomar boas decisões, reduzir custos e melhorar sua produção” explica o diretor-executivo.
Mato Grosso do sul conta com mais de 8 Milhões em área de pastagem que podem receber sistemas de agricultura, mas devido ao cenário econômico, Alex confessa que quem deseja empreender neste setor não pode ficar sem tecnológico e inovação. “ O agronegócio não é mais para amadores. Oportunidade expansão existe, mas a margem de lucro está cada vez mais apertada e se você começa de qualquer jeito, não vai conseguir aguentar duas safras. Para empreender tem de investir", garante.
O último relatório do Projeto SIGA, um programa da Aprosoja e o Governo do Estado, apontou uma redução na estimativa de produção total das lavouras devido à estiagem.
Os dados estimam uma média de 53.39 sacas e apontam que 26% do Estado está em condição ruim para as lavouras. Na região sudeste 92% da área está em condições ruins e na região sul 33% ruim e 47% regular.
“Agricultura é isso. Nós buscamos ser mais eficientes no manejo para não depender do clima, mas 80% do nosso trabalho depende das chuvas e a Fundação ajuda o produtor a fazer a coisa certa na hora certa. Deixar de gastar ou investir no momento certo. Oferecendo estratégias tecnológicas que superam o clima” diz Alex.
"A Fundação trabalha com o modelo dois D’s. Demanda e difusão. Tudo que fizemos foi demandado por algum produtor rural e esse serviço nos faz criar ligações com outros produtores, de outros municípios, o que nos gera informações. Com esta informação, nosso segundo D é da difusão e nós temos o compromisso de devolver ao produtor rural a informação por nós gerada. Fazem apresentação de resultados e dias de campo, para que empreendedor possa receber estes dados e logo tomar decisões que afetarão positivamente seu negócio", finaliza.
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