“O Bioparque Pantanal em Campo Grande, já não é mais apenas um local para contemplação, mas sim um empreendimento turístico que oferece experiências e conhecimentos diversos”. Foi com essa frase que a diretora-geral do empreendimento, Maria Fernanda Baslestieri, definiu o local que hoje que já recebeu a visitas de turistas de 119 países.
Em entrevista ao Giro Estadual de Notícias desta sexta-feira (2), a diretora alega que o parque se tornou um 'laboratório vivo', onde a ciência é aplicada em várias áreas, como engenharia, arquitetura, biologia veterinária, química, física e psicologia.
“Todos esses aspectos se transformam em projetos de pesquisa. Por exemplo, em nossos tanques, realizamos estudos em áreas variadas, incluindo parâmetros de água, conservação e reprodução de animais, comportamento animal e protocolos para o bem-estar animal. Além disso, exploramos métodos sustentáveis e ecológicos, incluindo o uso de ervas medicinais para a cicatrização de animais. São mais de 40 projetos de pesquisa em andamento”, detalha.
O Bioparque também é pioneiro no turismo acessível, integrando os projetos de pesquisa. “O visitante se depara com a ciência em cada canto do parque, que está intimamente ligado à educação ambiental e à conservação. Durante um passeio, é possível ver reproduções acontecendo nos tanques e interagir com profissionais qualificados”, detalha.
Segundo Maria Fernanda, o alcance do parque superou expectativas em menos de dois anos de operação. “Já recebemos visitantes de 119 países. Isso é um resultado extremamente positivo. Temos turistas da Alemanha, França, Espanha e de várias outras partes do mundo que visitam o parque e saem com um maior conhecimento sobre nossa biodiversidade e cultura. Além das atrações naturais e recreativas, o parque também oferece exposições culturais”, conta.
Desde o terceiro mês de funcionamento, o Bioparque já recebeu turistas de todos os 26 estados brasileiros e do Distrito Federal, consistentemente, todos os meses. “O parque não só atrai um público turístico diversificado, mas também destaca a identidade única, que reflete a biodiversidade do MS. Nosso parque relata o ciclo das águas da região e representa os cinco continentes, mantendo, contudo, uma forte conexão com as características locais”, explica.
A diretora-geral do Bioparque Pantanal, Maria Fernanda Baslestieri
A revista TIME, uma das mais conhecidas no planeta, revelou em março a terceira lista anual dos melhores lugares do mundo em 2023, que destaca 50 destinos de viagem extraordinários. O Bioparque Pantanal, localizado em Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, está entre os locais anunciados.
Para compilar esta lista, a TIME solicitou nomes de lugares, incluindo países, regiões e cidades de sua rede de correspondentes internacionais, de olho naqueles que oferecem experiências novas e excitantes.
A diretora recebeu a notícia com muita alegria e celebrou o resultado positivo de um trabalho que, de forma integralizada e por meio de um equipamento orgânico, buscou proporcionar experiência e conhecimento para todos, além de difundir a biodiversidade e a cultura sul-mato-grossense para todas as partes do mundo.
Atualmente, o parque possui 380 espécies de água doce, sendo o maior aquário de água doce do mundo e com o maior acervo de peixes de água doce. Já foram realizadas mais de 200 reproduções diárias no parque. “O que realmente nos diferencia e tem gerado um impacto positivo são as reproduções inéditas de espécies para a ciência mundial. Até agora, alcançamos mais de 250 reproduções de 48 espécies diferentes. Destas, 13 reproduções foram inéditas mundialmente e 12 foram inéditas no Brasil. Conseguimos registrar reproduções que nunca haviam sido documentadas na ciência, em ambientes controlados, incluindo espécies ameaçadas de extinção”, finaliza.
Localizado nos Altos da Av. Afonso Pena, a entrada no Bioparque Pantanal é gratuita. Mais informações podem ser obtidas no www.bioparquepantanal.ms.gov.br.
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