O advogado Gustavo Passarelli da Silva, conhecido professor de direito civil em cursos de graduação e pós-graduação, participou neste mês da concorrida disputa por uma vaga no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A eleição contou com a presença de 34 advogados de todo o País, buscando ocupar a cadeira deixada pelo ministro Felix Fischer, que se aposentou em agosto de 2022. Embora não tenha alcançado a nomeação, Passarelli conquistou a expressiva sétima posição na disputa.
Em entrevista ao Giro Estadual de Notícias desta terça-feira (27), Passarelli afirmou que considerou a trajetória extremamente enriquecedora e desafiadora. "Vários candidatos já vinham trabalhando pela vaga há muitos anos, antes mesmo da aposentadoria do ministro. Apesar das dificuldades enfrentadas, estou satisfeito com a boa colocação obtida e sem dúvidas foi um aprendizado de estabelecer contatos importantes no cenário jurídico nacional", explica.
O advogado Gustavo Passarelli da Silva
O advogado também abordou a importância dessa decisão e destacou que se trata de um processo que demanda tempo e amadurecimento. "Para concorrer a uma vaga no STJ, é necessário preencher uma série de requisitos, incluindo dez anos de exercício da advocacia no tribunal e a comprovação por meio de certidões de ações em andamento. É uma jornada da experiência acumulada no dia a dia do trabalho, que vai se desenvolvendo ao longo do tempo", detalha.
Para o profissional, há uma necessidade de um projeto coletivo para que Mato Grosso do Sul tenha representatividade no STJ. "É fundamental que o Estado conte com profissionais qualificados dispostos a concorrer a essas vagas, e que isso deve ser abraçado não apenas pela classe jurídica, mas por toda a sociedade, já que a presença de um ministro sul-mato-grossense abre portas para o diálogo entre o Estado e um tribunal de tamanha relevância", afirma.
Quando questionado sobre sua preparação para o desafio, Passarelli afirmou que sempre procura estar pronto para enfrentar novos desafios em sua carreira. Ele considerou a disputa uma grande oportunidade de aprendizado, tanto em sua vida profissional quanto pessoal, e ressaltou sua satisfação em retornar à advocacia, sua profissão de eleição.
Ao falar sobre seu futuro profissional, Passarelli ressaltou que sua carreira seguirá praticamente inalterada após a disputa. "Vou continuar exercendo as atividades advocatícias com a mesma dedicação e entusiasmo de sempre. Agora sobre uma possível participação em futuros processos semelhantes, não há nada definido e isso dependerá das circunstâncias", diz.
Para o profissional, há uma necessidade de um projeto coletivo para que Mato Grosso do Sul tenha representatividade no STJ
Nacional - Durante o bate papo, Passareli falou sobre o advogado Cristiano Zanin, que será o próximo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). "Zanin preenche os requisitos necessários para a nomeação. O cargo exige uma votação expressiva no Senado, o que evidencia a capacidade e o preparo do indicado", salienta.
Por fim, o advogado discorreu sobre a questão da credibilidade do STF e as críticas sobre sua imparcialidade. "Parte desses questionamentos decorre da excessiva midiatização dos julgamentos, que expõe o Judiciário a uma série de opiniões nem sempre fundamentadas. É muito importante a autonomia do Judiciário, mas a exposição excessiva pode comprometer a formação de convicções baseadas em análises técnicas e jurídicas", opina.
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