Campo Grande recebe na quarta-feira (13) o 1º Encontro Nacional da Construção Civil voltado para pequenos empresários do setor. O evento acontecerá no auditório do Bioparque Pantanal, com início às 8h e término previsto para as 17h.
Para falar mais sobre esse evento e as tendências da construção civil, o Giro Estadual de Noticias recebeu nesta terça-feira (12) o presidente da Associação dos Construtores de Mato Grosso do Sul (Acomasul) Diego Canzi Dalastra. O presidente conta que o evento, promovido pela Acomasul em parceria com a Federação Nacional das Pequenas Construtoras (FENAPC), foi idealizado com o objetivo de levar as discussões ocorridas em Brasília para o âmbito regional.
“Nós estávamos reunidos em Brasília discutindo pautas nacionais a respeito do programa Minha Casa, Minha Vida e em uma das nossas reuniões surgiu a idéia de a gente fazer eventos regionais para trazer o mundo de Brasília, trazer os problemas que são discutidos em Brasília para um cenário mais regional. E como a nossa associação é uma das fundadoras desses movimentos, uma das mais fortes e mais atuantes, surgiu a idéia de trazer o primeiro evento para a nossa Capital Sul-Mato-Grossense”, explica.
O evento vai contar com várias autoridades presentes que vão poder fazer uso da palavra e passar um pouco do que o setor público está fazendo para a construção civil do Mato Grosso do Sul.
Mercado da construção - Para Diego a construção é a cadeia produtiva mais importante. “Não é porque eu sou um entusiasta e trabalho diretamente com a construção civil, mas na minha opinião, nós somos a maior cadeia produtiva do país. A gente atua em vários segmentos, nós estamos ramificados, nós estamos atuando desde o pedreiro, o servente, o prestador de serviço que está nas obras agora, nós nos escutando, como também a gente consome o cimento que vem lá do interior do estado, a pedra que vem lá de Bodoquena, a areia que vem do interior do estado, a janela que é produzida na região de Três Lagoas. Então a gente fomenta uma cadeia muito grande”, exalta.
Diego Canzi Dalastra exalta mercado da construção
Segundo o especialista se a construção civil está aquecida, o comércio está rodando, está todo mundo produzindo, está todo mundo ganhando dinheiro conseguindo trabalhar.
Um exemplo do tamanho e da força desse segmento a chegada das multinacionais das indústrias nos municípios de Ribas do Rio Pardo e Inocência. Apenas na obra em Inocência são mais de 10.000 trabalhadores diretos.
A Acomasul hoje representa os pequenos construtores de Mato Grosso do Sul e é responsável por mais de 50% dos imóveis vendidos pelo programa Minha Casa Minha Vida. “Isso vai desde um construtor que constrói uma, duas unidades por ano até aquele que constrói 50, 60. Então, uma das nossas diretrizes é o fomento do comércio local. A gente quer que o construtor seja daqui, da cidade, daqui do nosso estado, que ele compre nas lojas aqui da cidade, do nosso estado. Que ele contrate a mão de obra da nossa cidade, do nosso estado, para que gere uma distribuição de renda local. Que esse dinheiro seja consumido, que ele rode aqui, que ele permaneça aqui”, enfatiza.
Desafios - O principal gargalo é mão de obra qualificada. “Trabalhamos muito forte e em parceria com o Sistema S, que em Campo Grande tem a Escola da Construção, que é um fomento que parte do setor empresarial com o objetivo de melhorar a mão de obra do seu trabalhador. Então, você que é um trabalhador da construção civil, verifique as informações porque existem vários cursos, inclusive a maioria de graça, para você se profissionalizar e você se tornar um profissional mais atualizado. Esse é o mais importante”, coloca.
Segundo o presidente, um outro grande problema é a questão das alta taxa de juros. "A construção civil só funciona bem quando os imóveis são vendidos. Nós precisamos fazer a cadeia girar. Para os imóveis serem vendidos, nós precisamos ter uma possibilidade do consumidor ter acesso à compra desse imóvel. Nós temos um índice próprio, que se chama Índice Nacional da Construção Civil. É ele que mede a inflação da construção civil, que vai desde o terreno ao material, ao insumo, à mão de obra. Isso contempla o custo de uma obra. Nós tivemos um aumento durante a pandemia de mais de 50%.”, desabafou.
Perspectiva para o futuro - “A expectativa para o segundo semestre é melhor do que o primeiro. Para corroborar com isso, nós tivemos a reunião do Copom há poucos dias atrás, que baixou a taxa Selic. Também é um cenário positivo. A gente acredita que a taxa Selic continue baixando nas próximas reuniões. Isso vai fazer com que a taxa base de juro também tem uma tendência de queda. Isso é um cenário positivo. Então, a expectativa é não vamos crescer tanto quanto gostaria. Mas é um cenário promissor que até o primeiro semestre desse ano não era. Então nós temos expectativas boas”, diz.
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