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INTERNACIONAL

Hospital russo autoriza a transferência de oposito Alexei Navalni

A mulher de Navalni, Yulia, pediu ao presidente russo, Vladimir Putin, que permitisse a transferência dele para a Alemanha

22 agosto 2020 - 06h02
Foto mostra líder da oposição russa, Alexei Navalny, participando de uma passeata em Moscou em fevereiro de 2019
Foto mostra líder da oposição russa, Alexei Navalny, participando de uma passeata em Moscou em fevereiro de 2019 - (Foto: Pavel Golovkin/AP)

Os médicos que estavam tratando o dissidente russo Alexei Navalni, de 44 anos, em uma UTI de um hospital da Sibéria, autorizaram sua transferência para a Alemanha a pedido da família nesta sexta-feira, 21. A mulher de Navalni, Yulia, pediu ao presidente russo, Vladimir Putin, que permitisse a transferência dele para a Alemanha depois que médicos russos relataram não ter encontrado "nenhum veneno" no corpo dele.

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"O estado do paciente está estável e não nos opomos a sua transferência para o centro hospitalar indicado por seus parentes", disse Anatoly Kalinichenko, vice-diretor do Hospital de Emergências de Omsk.

Horas antes, o diretor do hospital, Alexandr Murajovski, havia afirmado que Navalni, internado na quinta-feira, 20, permaneceria em observação em Omsk até sua completa estabilização e expressou preocupação com as alterações que o paciente poderia sofrer durante a decolagem e o pouso.

A porta-voz de Navalni, Kira Yarmysh, lamentou no Twitter a demora do conselho médico russo para tomar a decisão. Um grupo de médicos alemães, que viajou para Omsk para organizar a transferência para Berlim, concluiu, após examinar Navalni, que o líder opositor estava "em condições" de ser transportado.

Para Anastasia Vasilyeva, médica particular de Navalni, a recusa em autorizar sua transferência foi simplesmente para ganhar tempo, pois em poucos dias seria impossível detectar substâncias tóxicas no corpo dele.

Na quinta-feira, Navalni sentiu um mal-estar a bordo do avião em que voltava da cidade de Tomsk, na Sibéria, para Moscou, depois de tomar chá no aeroporto. Na ocasião, o piloto foi obrigado a realizar um pouso de emergência em Omsk. O opositor é conhecido por divulgar escândalos de políticos e empresários russos e anteriormente já foi alvo de atentados. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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