
O uso de aplicativos caiu no gosto do brasileiro. O país é o terceiro no mundo que mais realiza downloads de apps nas plataformas Android e iOS, seja para se comunicar, ouvir música, manter a organização ou mesmo requisitar serviços, segundo um relatório da AppAnnie, empresa que analisa o mercado de apps. Os aplicativos de serviços sob demanda são os principais responsáveis pelo crescimento da economia colaborativa, além de conseguir agradar ambos os lados: aos clientes, que podem usufruir de comodidade e praticidade, recebendo alguns serviços até mesmo em sua própria casa, e aos profissionais, que criam suas próprias agendas, de acordo com o que lhes convém.

O valor gasto em mobile commerce, no Brasil, subiu de R$ 13.2 bilhões, em 2014, para R$ 27.3 bilhões, em 2015, segundo dados da Sociomantic, empresa alemã de soluções de mídia programática. No entanto, mais de mil novos aplicativos são lançados, por dia, só no Google Play. Por isso, se destacar é um grande desafio. Exemplos de empresas que provaram que é possível vencer esse desafio e emplacar ótimos resultados no mercado de serviços via aplicativo são a Singu e a Easy Carros. Ambas tiveram a ideia de vender serviços que costumavam ser presenciais e monopolizados por grandes estabelecimentos físicos por meio de uma plataforma na internet com atendimento delivery.
A Singu, por exemplo, vende serviços relacionados à beleza e bem-estar e disponibiliza a realização do atendimento por profissionais como manicure, pedicure,massagista, depiladora e maquiadora na própria casa ou escritório do cliente. Ou seja, elimina as etapas de marcar horário no salão, esperar no estabelecimento, pagar estacionamento do local, entre outras.
Já a Easy Carros, seguindo a mesma linha, optou por vender serviços automotivos como troca de óleo, lavagem interna e externa, cristalização de vidros, entre outros e realizá-los no local onde o veículo estiver, sem demandar o deslocamento do cliente até a oficina e a espera pela conclusão do serviço, por exemplo.
Apesar de estar disponível também na web, cerca de 60% dos pedidos realizados na startup de serviços automotivos são feitos pelo celular. De olho no potencial do mercado mobile brasileiro, a Singu, criada em junho de 2015, desde o início optou por focar toda a experiência do usuário em tablets e smartphones.
Além de tudo, o pagamento, nos dois casos, é feito online e via cartão de crédito, entregando maior conveniência e segurança para os usuários. Não é por acaso que os apps caem no gosto dos clientes no país. Estudos mostram que a preferência do brasileiro na forma de pagamento é exatamente o cartão de crédito (57,4%), seguido pelo boleto bancário (13,9%) e pelo cartão de débito (2%). Ou seja, a fórmula de sucesso é sempre montada de acordo com o consumidor.
Um outro diferencial prezado pelo brasileiro e que já é colocado em prática por algumas empresas é a comparação de preços. Ferramentas como Zoom, Buscapé, Decolar.com, entre outras que permitem ao usuário receber relações dos diferentes preços a respeito do mesmo serviço, conseguem fazer a diferença na hora da compra.
Os hábitos de consumo passaram a estar diretamente ligados à internet. O comércio eletrônico no brasil movimentou R$ 18,6 bilhões no primeiro semestre do ano passado. No total, é possível estimar que 17,6 milhões de pessoas fizeram pelo menos uma compra online em 2016. Trata-se de um mercado em expansão e recheado de muitas possibilidades.
