31 de dezembro de 1969 - 21h00

Edil quer mutirão através do Fábrica da Gente para levar saneamento a bairros

Cidade
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Na próxima terça-feira, o presidente da Câmara, Edil Albuquerque, vai propor a reativação do projeto fábrica da gente que na época em que foi implantado, na gestão do ex-prefeito André Puccinelli, fabricava blocos de concreto usados nas fundações, canaletas e paredes de casas populares construídas pela Empresa Municipal de Habitação, além de servir como escola de mão-de-obra para construção civil. Pela proposta de Edil a produção das unidades das “fábricas da gente” localizadas em diferentes regiões da cidade, serão direcionadas  a produção dos kits sanitários que a Águas Guariroba utilizaria nos bairros e vilas da cidade fora do planejamento de expansão da rede de esgoto e que contaria com saneamento através de fossas sépticas.

Na avaliação de Edil esta medida vai reduzir o custo do projeto, além de gerar emprego e renda já que á idéia e recrutar a mão-de-obra entre os próprios moradores a serem atendidos com o kit sanitário. O presidente da Câmara iniciou uma cruzada para convencer o prefeito Nelson Trad Filho a obrigar que a Águas Guariroba (concessionário do serviço de água e esgoto) destine os recursos do fundo social que é obrigada a irrigar com 0,5% do seu faturamento líquido, para financiar sistemas de tratamento individual de esgoto (fossas ou sumidouros) nos bairros que estão fora do projeto Sanear Morena, através do qual, se pretende levar esgoto a 70% da população até 2030. São em torno de R$ 1 milhão por ano que por enquanto não tem uma vinculação específica de aplicação. Ano passado o dinheiro disponível, R$ 800 mil, nem sai do caixa da empresa que foi autorizada a abater da dívida acumulada pela Santa Casa, de contas de água em atraso.

“ A Enersul tem um fundo semelhante e a Santa Casa deve mais de R$ 14 milhões  à distribuidora de energia. Nem por isto se cogitou fazer um encontro de contas semelhante ao fechado com a Águas”. Este posicionamento de Edil, em favor da destinação dos recursos do fundo para saneamento básico, também é defendido pelo MPEstadual.

Edil quer também mudanças nos critérios de concessão da tarifa social, prevista no contrato da Águas, que assegura uma tarifa 54% mais barata para famílias de baixa renda. Pelas regras do contrato 8 mil consumidores (3% do universo atendido) devem estar sendo beneficiados.