31 de dezembro de 2025 - 12h45

Chelsea empata com Bournemouth e Estêvão brilha mas vitória escapa

Em jogo de quatro gols em menos de meia hora, Chelsea vê chance de encostar nos líderes escapar em empate por 2 a 2 em pleno Stamford Bridge

PREMIER LEAGUE
Brasileiro Estêvão se destaca pelo Chelsea, sofre pênalti e incomoda a defesa do Bournemouth no empate em 2 a 2 no Stamford Bridge. - (Foto: Imagem ilustrativa/A Crítica)

O Chelsea viu a vitória escapar dentro de casa nesta terça-feira, em Londres, mesmo após um início eletrizante diante do Bournemouth pela Premier League. No Stamford Bridge, o time azul saiu atrás, virou o placar ainda no primeiro tempo, mas acabou cedendo o empate em 2 a 2 e desperdiçando a oportunidade de se aproximar dos líderes. O brasileiro Estêvão foi um dos destaques da equipe, sofreu o pênalti do primeiro gol e infernizou a defesa rival, mas não conseguiu coroar a atuação com os três pontos.

Com o empate, o time comandado por Enzo Maresca chegou aos 30 pontos e deixou escapar a chance de ganhar fôlego na parte de cima da tabela. O Bournemouth, que luta para se afastar das últimas colocações, foi valente fora de casa, somou um ponto importante e agora tem 23 pontos na competição.

O roteiro do jogo começou a ser escrito logo nos primeiros minutos. O Bournemouth não se intimidou com o ambiente no Stamford Bridge e foi o responsável por abrir o placar na casa do rival. Em bola alçada na área, a defesa do Chelsea não conseguiu afastar o perigo, o goleiro deu rebote e David Brooks apareceu para completar de cabeça e fazer 1 a 0 para os visitantes, aos seis minutos.

O lance ainda passou por checagem do VAR, por um possível toque de mão na disputa dentro da área. Após a revisão, o árbitro manteve a decisão de campo e validou o gol, confirmando a vantagem inicial do Bournemouth e aumentando a pressão sobre o Chelsea diante de sua torcida.

Atrás no placar tão cedo, o time azul se lançou ao ataque. A resposta veio com participação decisiva de Estêvão, que se transformou em uma das principais válvulas de escape do time londrino.

O empate começou a ser construído a partir do talento do brasileiro. Estêvão recebeu pela direita, partiu para cima da marcação em jogada individual e foi derrubado dentro da área. A partida seguiu, mas o árbitro de vídeo recomendou a revisão do lance. Após olhar o monitor, o juiz confirmou o pênalti a favor do Chelsea.

Na cobrança, Cole Palmer assumiu a responsabilidade. Com frieza, bateu no canto do goleiro e deixou tudo igual aos 14 minutos de partida. O gol acendeu de vez o time da casa e a torcida, que voltou a empurrar o Chelsea em busca da virada.

A pressão logo se transformou em vantagem. Aos 23 minutos, o time de Enzo Maresca construiu a virada em uma jogada trabalhada pelo lado esquerdo do ataque. Alejandro Garnacho encontrou Enzo Fernández, que recebeu o passe, aplicou um drible de corpo no marcador e acertou um belo chute no ângulo do goleiro, virando o placar para 2 a 1 e levando o estádio ao delírio.

Mas a noite no Stamford Bridge estava longe de ser tranquila. O Bournemouth reagiu rapidamente e voltou a empatar a partida apenas quatro minutos depois. Em cobrança de lateral jogada diretamente na área, Semenyo levantou a bola, houve um desvio no primeiro pau e Justin Kluivert apareceu para finalizar no canto, deixando tudo igual de novo: 2 a 2 aos 27 minutos.

Em menos de meia hora, o torcedor assistiu a um primeiro tempo frenético, com quatro gols, virada e empate, além de intervenção do VAR. A intensidade e a troca constante de golpes entre as duas equipes deram o tom da etapa inicial.

Se o primeiro tempo foi marcado por eficiência no ataque dos dois lados, a segunda etapa teve um roteiro diferente. O Chelsea voltou do intervalo disposto a retomar a dianteira no placar e aumentou a pressão sobre o Bournemouth. Para tentar deixar o time ainda mais ofensivo, Enzo Maresca mexeu na equipe: tirou o camisa 10 Cole Palmer e colocou em campo o atacante brasileiro João Pedro.

A mudança também alterou o posicionamento de Estêvão, que passou a atuar pelo lado esquerdo do ataque. Mesmo assim, o jovem brasileiro continuou levando vantagem sobre os marcadores. Em vários lances, chamou a responsabilidade, partiu para cima e criou dificuldades para a defesa adversária.

Em um desses momentos, Estêvão acabou se envolvendo em um lance de provocação. Após disputa com Jiménez, o brasileiro mandou beijinhos na direção do rival, que se irritou com uma queda do camisa 41 dentro da área. O lance ilustra o quanto o atacante esteve ligado no jogo, buscando o desequilíbrio da defesa tanto na bola quanto no psicológico.

Com o passar dos minutos, o desenho da partida ficou claro: o Bournemouth recuou suas linhas, fechou espaços e passou a apostar nos contra-ataques. Já o Chelsea transformou o confronto em um verdadeiro ataque contra defesa, rondando a área, trocando passes no campo ofensivo e acumulando finalizações em busca do terceiro gol.

Mesmo com o domínio territorial e maior volume de jogo, o time azul esbarrou em dois problemas que se repetiram ao longo da segunda etapa: a boa organização defensiva do Bournemouth e a falta de capricho nas conclusões. A equipe visitante se compactou próxima da própria área, congestionou o setor central, ganhou tempo sempre que possível e foi eficiente para afastar o perigo.

Do outro lado, o Chelsea até conseguiu criar, mas não teve a mesma precisão da etapa inicial. Faltou o último passe mais refinado ou a finalização certeira para transformar a pressão em gol. Em vários momentos, a bola cruzou a área sem encontrar ninguém para empurrar para as redes, ou parou nas intervenções da defesa adversária.

Quando o árbitro apitou o fim da partida, o sentimento no Stamford Bridge foi de frustração para o lado londrino. Depois de sair atrás, virar o jogo e pressionar até o fim, o Chelsea não conseguiu traduzir o domínio em vitória e somou apenas um ponto diante de sua torcida.

O resultado impede a equipe de encostar ainda mais nos primeiros colocados da Premier League, mantendo o time com 30 pontos. Para o Bournemouth, o empate tem peso diferente: fora de casa, contra um adversário forte, o ponto conquistado ajuda na missão de se afastar da parte de baixo da tabela, já que o time agora soma 23 pontos e segue tentando se livrar das últimas colocações.

Dentro de campo, ficou também a sensação de que Estêvão viveu uma noite de protagonista. Sofreu o pênalti do primeiro gol, mudou de lado no ataque, continuou vencendo duelos individuais e ainda se envolveu em lances de provocação. Faltou apenas a vitória para transformar a boa atuação em uma noite perfeita para o brasileiro e para o torcedor do Chelsea.