João Pedro Bitencourt | 30 de dezembro de 2025 - 12h35

Eleitores preferem vice mulher e com foco na economia

Levantamento nacional mostra que eleitor valoriza olhar feminino no governo e perfil ligado ao setor produtivo; ligação com Bolsonaro, religião e Nordeste também pesa na escolha.

PARANÁ PESQUISAS
Levantamento nacional do Paraná Pesquisas indica que eleitor valoriza vice mulher e com foco na economia. - (Foto: ABrasil)

Na hora de escolher um candidato a vice-presidente, o eleitor brasileiro diz olhar primeiro para gênero e economia. É o que mostra pesquisa do instituto Paraná Pesquisas, divulgada nesta terça-feira (30).

Segundo o levantamento, 24,4% dos entrevistados consideram mais importante que o vice seja mulher, justamente para levar um “olhar feminino” à condução do governo. Em segundo lugar aparece a preferência por alguém que represente o setor produtivo ou o agronegócio, com foco na economia, citado por 22,3% dos ouvidos.

Na sequência, vêm outras características apontadas como relevantes:

Experiência no Nordeste, para representar melhor o País – 13,2%;

Total confiança de Jair Bolsonaro ou ligação familiar com o ex-presidente – 12,2%;

Perfil religioso e conservador, ligado à defesa da família e ao eleitorado evangélico – 9,9%.

Para 9,1%, a característica do vice é indiferente, e 8,8% não souberam ou não opinaram.

Perfil ideal de vice: mais técnico e menos ideológico

A pesquisa também perguntou qual seria o perfil ideal de um vice-presidente. Para a maioria, a resposta passa por economia, não por rótulo político.

43,2% preferem um vice que priorize a economia, com perfil empresarial ou técnico e sem forte ligação com ideologias.

19,1% defendem alguém capaz de atrair votos fora da direita, com postura mais moderada e de centro, ainda que isso desagrade parte da base bolsonarista.

12,8% acham que o vice deve garantir os votos da direita, sendo um conservador fiel a Bolsonaro, mesmo que isso afaste eleitores de centro.

25% não souberam ou preferiram não opinar.

O Paraná Pesquisas ouviu eleitores entre 18 e 22 de dezembro de 2025, em entrevistas presenciais. O levantamento tem margem de erro de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos, e nível de confiança de 95%.