VÍDEO: Barraca é suspensa após agressão a casal de turistas
Prefeitura de Ipojuca interditou estabelecimento por uma semana; casal do Mato Grosso diz ter sido alvo de agressão homofóbica após discutir valor de cadeiras na praia
PORTO DE GALINHASA Prefeitura de Ipojuca, no litoral de Pernambuco, suspendeu por sete dias o funcionamento da barraca de praia envolvida na agressão a um casal de turistas em Porto de Galinhas. A decisão foi tomada dois dias após o episódio, registrado no sábado (27), e inclui o afastamento preventivo de garçons e atendentes que trabalhavam no local.
Os empresários Cleiton Zanatta e Johnny Andrade, que moram no Mato Grosso, afirmam que foram agredidos depois de questionarem o valor cobrado pelo aluguel de cadeiras. Segundo o casal, o preço apresentado na hora do pagamento era quase o dobro do combinado. Durante a confusão, um comerciante teria arremessado uma cadeira contra Johnny e, em seguida, cerca de 30 pessoas teriam participado das agressões. Eles afirmam que o ataque teve motivação homofóbica. Comerciantes da região negam a versão e alegam que um dos barraqueiros é que teria sido agredido pelos turistas.
A Polícia Civil de Pernambuco informou ter identificado 14 pessoas ligadas ao caso. A governadora Raquel Lyra (PSD) afirmou que todos serão indiciados e que “todas as medidas cabíveis” serão adotadas, além de pedir desculpas pelo ocorrido. A delegada-geral adjunta da corporação, Beatriz Leite, disse que equipes estiveram na praia para coletar imagens e ouvir depoimentos. O inquérito segue em andamento e novas informações só serão divulgadas após a conclusão das investigações.
A Polícia Militar declarou, em coletiva, que só tomou conhecimento da agressão quando o casal procurou a delegacia, mas garante que já havia policiamento na faixa de areia, em parceria com a Guarda Municipal, e que o efetivo foi reforçado após o caso. A Secretaria de Defesa Social informou ter se reunido com órgãos municipais e estaduais para definir ações de segurança em Porto de Galinhas, como ampliação do plantão da Polícia Civil em janeiro e operações integradas com PM, Guarda Municipal, Controle Urbano e Procon. A Prefeitura de Ipojuca também anunciou fiscalização mais rígida contra flanelinhas, venda casada e cobrança de consumação mínima nas barracas da orla.