Em meio à preparação da orla para a virada do ano, a Secretaria Municipal de Ordem Pública do Rio de Janeiro apreendeu centenas de garrafas e engradados enterrados na areia da praia de Copacabana. A ação ocorreu ao longo de dois dias, com foco principal no trecho da Rua Rodolfo Dantas, área que concentra grande público durante o réveillon.

A operação, batizada de Tatuí, teve como objetivo localizar materiais e produtos escondidos ou deixados de forma irregular na areia, além de liberar o espaço público para a festa marcada para a noite desta quarta-feira, dia 31. Durante as buscas, equipes encontraram 35 garrafas de vidro de bebidas destiladas armazenadas dentro de recipientes plásticos com tampa, além de engradados de água e de guaraná natural, todos enterrados.

De acordo com a Secretaria de Ordem Pública, parte dos itens apreendidos seria utilizada para venda irregular durante a noite de réveillon. “Realizamos essas ações na areia das praias, especialmente durante a madrugada, justamente para que se possa desobstruir o espaço público e não permitir que as pessoas utilizem a praia como depósito. Parte desses produtos certamente seria vendida durante o réveillon”, afirmou o secretário municipal de Ordem Pública, Marcus Belchior.

Além da apreensão de bebidas e engradados, a operação também atuou na retirada de acampamentos montados na faixa de areia. Segundo a prefeitura, algumas pessoas armam grandes barracas dias antes da festa para reservar espaço para a última noite do ano, prática considerada irregular.

As ações contaram com apoio da Companhia Municipal de Limpeza Urbana e da Guarda Municipal, que atuaram tanto na identificação dos materiais enterrados quanto na remoção de estruturas montadas na praia. O trabalho integrou o planejamento da prefeitura para organização da orla durante um dos períodos de maior movimento do ano.

Desde maio deste ano, um decreto municipal passou a estabelecer novas regras para o uso das praias do Rio. Entre as medidas estão a proibição de garrafas de vidro e cercadinhos, a regulamentação de música com limites de volume e horários, além da padronização de barracas com identificação por nome ou número. A norma também prevê ações mais rígidas contra irregularidades, com o objetivo de organizar o espaço e garantir o uso democrático da orla.