Doze anos após acidente, saúde de Schumacher segue cercada de sigilo
Família controla rigorosamente qualquer informação sobre o heptacampeão, enquanto amigos admitem não acreditar em nova aparição pública do ex-piloto
ÍDOLO DA FÓRMULA 1Há exatos 12 anos, em 29 de dezembro de 2013, Michael Schumacher sofreu o acidente que mudou sua vida.
O heptacampeão de Fórmula 1 bateu a cabeça enquanto esquiava na estação de Méribel, na França, foi levado em estado grave ao hospital e ficou meses em coma. Desde então, hoje aos 56 anos, o alemão vive afastado da vida pública, sob cuidados intensivos e com pouquíssimas informações divulgadas pela família.
A casa dos Schumacher se transformou em um ambiente totalmente controlado: poucas pessoas têm autorização para visitar o ex-piloto e quase nada é informado oficialmente sobre seu quadro.
Em entrevista recente ao portal SPORTbible, o ex-chefe de operações da Red Bull, Richard Hopkins, resumiu a frustração de muitos fãs: “Acho que não o veremos novamente”. Declarações anteriores seguem na mesma linha. Em 2021, Pietro Ferrari, vice-presidente da montadora que leva o sobrenome do piloto, afirmou que Schumacher “não consegue se comunicar”, lamentando que muitas vezes se fale dele “como se estivesse morto”.
Apesar do silêncio, alguns episódios mostram que o alemão segue acompanhando, de alguma forma, a rotina da família. Em abril, a imprensa alemã noticiou que Schumacher deixou a Espanha, onde passa boa parte do tempo, rumo à Suíça, dias antes do nascimento da primeira neta, Millie, filha de Gina-Maria.
No mesmo mês, Jackie Stewart revelou que um capacete usado por ele em uma volta de apresentação no GP do Bahrein recebeu a assinatura de todos os campeões mundiais vivos, incluindo Schumacher, que teria assinado com ajuda da esposa, Corinna. Há relatos ainda de que o heptacampeão teria comparecido ao casamento da filha em 2024, em cerimônia sem celulares para preservar a privacidade.
A tentativa de proteger a intimidade da família também resultou em um caso de polícia. Em fevereiro de 2025, três homens foram presos na Alemanha por extorquir os Schumacher. Eles exigiam 15 milhões de euros para não divulgar fotos, vídeos e registros médicos do ex-piloto.
Segundo o Ministério Público, cerca de 900 imagens e 600 vídeos foram apreendidos, além de laudos médicos; um disco rígido, porém, não foi localizado. O episódio reforçou o clima de disputa em torno de qualquer informação sobre o estado de saúde de Michael Schumacher, 12 anos depois do acidente que comoveu o esporte mundial.