'Serial killer da rotatória' foge de presídio de segurança máxima
Renan Barros da Silva e outro detento serraram grades, escaparam por alambrado e são procurados; dupla é ligada ao PCC e considerada de alta periculosidade.
NACIONALDois presos fugiram da Unidade de Tratamento Penal de Cariri, presídio estadual de segurança máxima no Tocantins, na quinta-feira (25), dia de Natal. Entre eles está Renan Barros da Silva, 26 anos, apelidado de “serial killer da rotatória” e condenado por seis assassinatos.
O outro foragido é Gildásio Silva Assunção, 47 anos. Segundo a Secretaria da Segurança Pública do Tocantins, os dois serraram as grades de uma cela e deixaram a unidade pelo alambrado, usando uma corda improvisada com lençóis.
De acordo com o governo do Estado, ambos têm vínculo com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e cumpriam pena em regime fechado por homicídios e outros crimes. As forças de segurança afirmam que os dois são considerados de alta periculosidade.
As buscas seguem em andamento, com equipes da Polícia Civil e outras forças atuando de forma integrada na região sul do Tocantins, em diferentes frentes investigativas, com foco na localização e recaptura dos foragidos. Informações podem ser repassadas pelos telefones 190 ou 197, ou ainda pela Central de Flagrantes 24 horas de Gurupi, no número (63) 3312-4110, que também atende via WhatsApp; o sigilo é garantido, segundo a pasta.
Renan ficou conhecido nacionalmente após investigação da 2ª Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Araguaína, que o apontou como autor de três homicídios cometidos em maio de 2021, em um matagal na cidade.
Na época, a polícia o classificou como serial killer porque ele já respondia por outros três assassinatos. Segundo o inquérito, ele comprou munição, roubou uma bicicleta, se escondeu em área de mata e abordava vítimas que passavam de motocicleta, atirando sem chance de defesa e removendo corpos da pista para o matagal.
As investigações também atribuíram a Renan outros dois homicídios em Araguaína, em novembro de 2020, e um em Estreito (MA), em junho de 2021, sempre com modo de agir semelhante: disparos de pistola calibre 380 na região da cabeça das vítimas, conforme detalhou o delegado Adriano de Aguiar à época. Testemunhas relataram ainda que ele circulava entre Pará, Maranhão e Tocantins, praticando arrombamentos em lojas e furtos de computadores, celulares, cofres e valores que, segundo a polícia, variavam entre R$ 80 mil e R$ 100 mil.