Redação O Estado de S. Paulo | 26 de dezembro de 2025 - 20h15

Fortes nevascas colocaram cidades dos EUA em alerta e causaram caos em aeroportos

Tempestade atingiu nordeste e meio-oeste, provocou cancelamentos de voos e levou estados a decretarem emergência

ESTADOS UNIDOS
Tempestade de inverno levou nevascas intensas ao nordeste dos EUA e causou cancelamentos de voos. - (Foto: Imagem ilustrativa/A Crítica)

A chegada de fortes nevascas colocou os Estados Unidos em alerta na sexta-feira (26) e no sábado (27), especialmente em estados do nordeste e do meio-oeste do país. Cidades como Nova York, Nova Jersey e Connecticut se prepararam para enfrentar o pico da tempestade durante a madrugada, com previsão de acúmulo significativo de neve e temperaturas abaixo de zero.

O impacto foi imediato no setor aéreo. Até as 15h30 de sexta-feira, ao menos 1.364 voos haviam sido cancelados e outros 4.267 estavam atrasados, segundo dados do site FlightAware. Os aeroportos mais afetados foram os da região de Nova York e de Chicago, importantes hubs de conexão nos Estados Unidos.

Em plena alta temporada de viagens de Natal e Ano-Novo, Nova York se preparava para receber até 25 centímetros de neve ao longo da noite. A previsão indicava frio intenso persistente durante todo o fim de semana, elevando os riscos para quem precisava circular pela cidade ou retornar de viagens.

A Autoridade Portuária de Nova York e Nova Jersey estimou que cerca de 15 milhões de pessoas deveriam passar por aeroportos, pontes e túneis da região durante o período de festas, o que aumentou a preocupação com transtornos e atrasos.

De acordo com o Serviço Nacional de Meteorologia (NWS), essa foi considerada a maior tempestade de neve em pelo menos três anos na cidade de Nova York. “As condições das estradas serão perigosas para quem estiver voltando das férias”, alertou o órgão em comunicado oficial.

Diante do cenário, o prefeito de Nova York, Eric Adams, anunciou um alerta de tempestade de inverno e informou que equipes municipais foram mobilizadas para atuar preventivamente. Agentes aplicaram sal líquido em ruas e rodovias para reduzir o acúmulo de gelo e neve. Já o estado de Nova Jersey declarou estado de emergência, adotando medidas para minimizar os impactos.

Enquanto o nordeste enfrentava nevascas, a Califórnia ainda sofria os efeitos de fortes chuvas e inundações registradas nos dias anteriores. Segundo o noticiário local, ao menos três pessoas morreram em decorrência das tempestades.

O governador Gavin Newsom declarou situação de emergência em pelo menos seis condados, após alagamentos, deslizamentos de terra e danos à infraestrutura. Em Los Angeles, este foi considerado o período de Natal mais chuvoso em 54 anos, conforme dados do Serviço Nacional de Meteorologia.

Embora a previsão indicasse perda gradual de força das tempestades, autoridades alertaram para riscos persistentes, como enchentes repentinas na região de Los Angeles, avalanches na Sierra Nevada e ondas de até 7,6 metros na baía de São Francisco.

Diversos municípios californianos também registraram quedas de energia, ruas cobertas por lama, pedras e detritos, além de prejuízos materiais significativos.